Pages - Menu

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Vídeo mostra final feliz do resgate de cadelinha presa numa fenda em Caeté (MG)

 

Por Patrícia Dutra (em colaboração para a ANDA)


Foto: Reprodução | Facebook

Era a última manhã de 2020 quando Dino, um ciclista de Sabará (MG) fazia trilha em Caeté, cidade vizinha. Ele ouviu latidos seguidos, típicos de pedido de socorro vindos de uma fenda enorme numa rocha conhecida como Funil. Ele teve a sensibilidade de entender que era um pedido de socorro, fez um vídeo mostrando e mandou para um conhecido de Caeté.

Dino foi até um supermercado da cidade e, quando comentava sobre o caso com algumas pessoas, o senhor Geraldo Diegues, tio da Cíntia Diegues que é protetora de animais em Caeté, ouviu a conversa, telefonou para ela e contou o caso.

Cíntia imediatamente ligou para a Patrícia Dutra, vice-presidente da ong de proteção animal SGPAN Caeté. Patrícia sugeriu contatar o Webber Leite, também protetor e escalador. Ao saber do caso a partir do relato da Cíntia, ele imediatamente juntou os equipamentos e foi até o Funil. Cíntia avisou outras pessoas que foram até lá.

“Depois de uma varredura no local, avistei a cadela ilhada em uma pedra em local de dificílimo acesso. Estava muito arriscado executar sozinho”, lembra Webber. Ele então pediu ajuda ao Pablo Gonçalves, escalador muito experiente que faz rappel desde 1996.

Depois da chegada do Pablo foram três horas de trabalho intenso para conseguir resgatar a Espiguinha, nome dado por eles.

“A dificuldade principal foi a insalubridade da água, puro esgoto de Caeté. Uma água que não se pode ter contato com ela”, lamentou Pablo. A SGPAN apurou que em 2016 foi construída uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) perto de onde a Espiguinha foi encontrada. Esta ETE nunca funcionou, está tudo parado, deteriorando com o tempo, ou seja, a cidade poderia ter um rio limpo mas, por omissão das autoridades, está totalmente poluído.

Pablo contou que a Espiguinha estava no meio do funil, duas paredes verticais de 25 metros de altura, um local difícil de acessar.

Ele explicou que escalou uma parede a esquerda bem escorregadia, subiu no mato, encontrou umas árvores onde fez a ancoragem de cordas e desceu de rappel no meio do funil. “Depois tive que atravessar o poço ancorado na corda, tive que entrar no rio sujo até a altura do joelho, com pedras escorregadias. Foi perigoso porque a corda tava na diagonal, numa posição desconfortável”, relatou ele.

“Usei equipamento de escalada, uma mochila de lona grossa feita pra içar e coloquei a cadelinha dentro. A única forma de resgatar era só carregando mesmo. Tive que escalar pela corda pra voltar com ela e entreguei a mochila pro Webber”, contou Pablo.

Tudo terminou com final feliz por volta de 17 horas do dia 31 de dezembro de 2020, quando ela foi entregue na casa da protetora Cíntia Diegues.

Não sabemos como a Espiguinha chegou numa pedra de onde não conseguia mais sair. Pode ter sido levada pela correnteza, pode ter caído lá após andar por perto ou mesmo ter sido jogada.

A ong SGPAN, que há 12 anos cuida dos animais em Caeté, descobriu que ela vivia nas redondezas do Funil e era cuidada por uma moradora.

Siga a SGPAN Caeté e ajude-nos a ajudar os animais! Caixa ou lotéricas, agência 1441, operação 003 conta corrente 1943-2 CNPJ 10431376/0001-04.

Fonte: anda.jor.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário