O
vereador José de Oliveira, conhecido como Buraqueiro, do município de Gararu, e
o filho dele, Marcelo Santos de Oliveira, são investigados por prática de
mutilação de animais para dificultar a atuação dos profissionais de vaquejadas,
eventos esportivos para o domínio de bois comumente realizados no interior do
Estado. Na fazenda de Marcelo Oliveira, foram apreendidos 16
animais com rabos mutilados e 11 aparelhos de telefone celular, em atenção
a mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Carlos Rodrigo de Morais, da
Comarca de Gararu, por solicitação da promotora de justiça Rosane Gonçalves.
Para
cumprimento da determinação judicial, a promotora de justiça contou com apoio
de equipes do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente do Ministério
Público Estadual, da Polícia Militar e da Empresa Agropecuária de Sergipe
(Emdagro). De acordo com informações do MPE, a promotora Rosane Gonçalves
recebeu denúncia anônima sobre os possíveis maus tratos aos animais que
estariam sendo praticados por organizadores de vaquejada.
A
partir da denúncia, a promotora instaurou inquérito civil e solicitou a
interferência do Poder Judiciário para apreender os animais vítimas destes maus
tratos e também dos celulares diante da informação de que os eventos esportivos
conhecidos como “pega boi” seriam organizados com participantes mobilizados por
meio de redes sociais. Além do vereador e do filho, há outras pessoas
investigadas no procedimento que continuam tramitando na Comarca de Gararu.
A
diretora de defesa animal e vegetal da Emdagro, Salete Dezen, informou que os
animais apreendidos ficaram na própria fazenda diante das dificuldades
encontradas para transportá-los para outro local, mas continuam sob custódia do
próprio Marcelo Oliveira, dono dos animais e da fazenda onde eles permanecem.
Marcelo, na condição de fiel depositário, tem o dever de cuidá-los. “Os animais
têm que ser bem tratados e serão monitorados pela Emdagro e pelo Ministério
Público”, informou a diretora.
Ao
Portal Infonet, o assessor parlamentar Damário Delmiro defendeu o vereador
Buraqueiro, informando que a fazenda e os animais são de propriedade do filho
dele e que o parlamentar não teria envolvimento com a criação do gado nem com a
organização das festas “pega boi” realizadas na região. Segundo o assessor, os
animais foram adquiridos por Marcelo Oliveira e que já foram comprados, em uma
feira de animais, com a cauda mutilada. “Não há nada que prove que os animais
foram mutilados na fazenda do filho do vereador”, ressaltou. O assessor
informou que os dois estão sem comunicação devido à apreensão dos aparelhos de
telefone celular feita na operação em Gararu. No momento da operação, tanto
Marcelo quanto o vereador Buraqueiro se encontravam na fazenda.
Por
Cássia Santana
Fonte: Infonet (Foto
reproduzida do site da Câmara Municipal de Gararu)
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