Uma onda
de protestos inusitados nas redes sociais pegou de surpresa os curadores do
projeto Cozinha Living Bar promovido pela Casa Cor Paraná (@casacor_oficial),
em Curitiba. A onda viral se espalhou durante o sábado (10) devido à exposição
de uma poltrona forrada com peles e cabeças de raposas durante o evento na Casa
Corp PR 2017, com a hashtag #casacorpr2017.
A peça,
que é uma criação do arquiteto Carlos Navero (@CarlosNavero), recebeu centenas
de críticas através das redes sociais Facebook e Instagram, onde os internautas
manifestaram repúdio pela confecção do móvel utilizar peles de animais como
fonte de inspiração à decoração.
Após as
enxurradas de críticas, a peça teve que ser substituída às pressas pelos
facilitadores do evento e o arquiteto Navego emitiu uma nota em sua conta do
Facebook: “Olá, boa tarde. Sou Carlos Navero, o autor do projeto da
Cozinha Living Bar e, após esta imensa repercussão, venho esclarecer os motivos
que me levaram a utilizar a pele em uma das poltronas do meu espaço. O ambiente
foi todo pensado focado em reaproveitamento de materiais, dando novas funções a
artigos reutilizados. A pele que revestiu a poltrona foi reaproveitada de um
casaco de mais de 50 anos. Embora tenhamos criado com este conceito de
enaltecer a tendência atual de reaproveitamento, acho oportuno reiterar que
jamais houve a intenção de incentivar ou apoiar a matança de animais em favor
de qualquer estética no décor. Por esse motivo estamos substituindo a peça hoje
mesmo, antes da abertura da mostra, por uma poltrona dos Irmãos Campana, ícone
de Design, que busca enaltecer a Casa Brasileira.”
Para a
publicitária Luh Pires, a justificativa de que, “inocentemente”, se tratava de
um casaco de pele de mais de 50 anos que havia sido reaproveitado como molde
“sustentável”, somente reforçou a ideia de desatualização dos conceitos
contemporâneos de imagem, uma vez que uma peça em pele animal não passa de um
incentivo aos maus-tratos enfatizando uma vitrine mórbida e nada atual para os
conceitos de elegância, sustentabilidade, promovendo uma afronta ao meio
ambiente.
As peles
são tradicionalmente arrancadas dos animais ainda vivos num processo
extremamente cruel. Para as organizações de defesa dos animais, essa
prática é mais do que injustificada – há tecidos sintéticos e naturais que
cumprem a função, uma vez que o sofrimento já começaria na captura do bicho,
que pena nas mãos dos caçadores, já que os animais são sacrificados de maneiras
hediondas apenas para alimentar a vaidade alheia. O abate acontece quando
o bicho atinge a maturidade e ocorre sempre no inverno, quando o pelo é mais
longo, brilhante e abundante.
O
manifesto virtual é um claro registro da evidência à intolerância aos
maus-tratos animais em tudo que se refere entretenimento, moda, decoração,
design e,
até mesmo, nos processos de alimentação. (L.P.)
até mesmo, nos processos de alimentação. (L.P.)
Fonte: Olhar animal (
fotos : internet )
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