Pages - Menu

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Poltrona com peles e cabeças de raposas exposta pela Casa Cor é alvo de críticas nas redes sociais


Uma onda de protestos inusitados nas redes sociais pegou de surpresa os curadores do projeto Cozinha Living Bar promovido pela Casa Cor Paraná (@casacor_oficial), em Curitiba. A onda viral se espalhou durante o sábado (10) devido à exposição de uma poltrona forrada com peles e cabeças de raposas durante o evento na Casa Corp PR 2017, com a hashtag #casacorpr2017.
A peça, que é uma criação do arquiteto Carlos Navero (@CarlosNavero), recebeu centenas de críticas através das redes sociais Facebook e Instagram, onde os internautas manifestaram repúdio pela confecção do móvel utilizar peles de animais como fonte de inspiração à decoração.

Após as enxurradas de críticas, a peça teve que ser substituída às pressas pelos facilitadores do evento e o arquiteto Navego emitiu uma nota em sua conta do Facebook: “Olá, boa tarde. Sou Carlos Navero, o autor do projeto da Cozinha Living Bar e, após esta imensa repercussão, venho esclarecer os motivos que me levaram a utilizar a pele em uma das poltronas do meu espaço. O ambiente foi todo pensado focado em reaproveitamento de materiais, dando novas funções a artigos reutilizados. A pele que revestiu a poltrona foi reaproveitada de um casaco de mais de 50 anos. Embora tenhamos criado com este conceito de enaltecer a tendência atual de reaproveitamento, acho oportuno reiterar que jamais houve a intenção de incentivar ou apoiar a matança de animais em favor de qualquer estética no décor. Por esse motivo estamos substituindo a peça hoje mesmo, antes da abertura da mostra, por uma poltrona dos Irmãos Campana, ícone de Design, que busca enaltecer a Casa Brasileira.”
Para a publicitária Luh Pires, a justificativa de que, “inocentemente”, se tratava de um casaco de pele de mais de 50 anos que havia sido reaproveitado como molde “sustentável”, somente reforçou a ideia de desatualização dos conceitos contemporâneos de imagem, uma vez que uma peça em pele animal não passa de um incentivo aos maus-tratos enfatizando uma vitrine mórbida e nada atual para os conceitos de elegância, sustentabilidade, promovendo uma afronta ao meio ambiente.
As peles são tradicionalmente arrancadas dos animais ainda vivos num processo extremamente cruel.  Para as organizações de defesa dos animais, essa prática é mais do que injustificada – há tecidos sintéticos e naturais que cumprem a função, uma vez que o sofrimento já começaria na captura do bicho, que pena nas mãos dos caçadores, já que os animais são sacrificados de maneiras hediondas apenas para alimentar a vaidade alheia. O abate acontece quando o bicho atinge a maturidade e ocorre sempre no inverno, quando o pelo é mais longo, brilhante e abundante.
O manifesto virtual é um claro registro da evidência à intolerância aos maus-tratos animais em tudo que se refere entretenimento, moda, decoração, design e,
at
é mesmo, nos processos de alimentaçã
o. (L.P.)

Fonte: Olhar animal ( fotos : internet )  

Nenhum comentário:

Postar um comentário