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terça-feira, 12 de outubro de 2021

Especialistas alertam que milhões de animais correm risco de serem mortos ou feridos em incêndio no Brasil

 

Andrine Perrone | Redação ANDA


Segundo as informações do Portal On Jack, milhões de animais silvestres podem perder a vida ou serem feridos em incêndios no Brasil. De acordo com os especialistas, o perigo que os animais correm é procedente das queimadas intencionais para limpar as terras.

Ambientalistas estão realizando rotas de resgate, para salvar animais selvagens, desde onças até pássaros. Porém, este é apenas o começo. Trabalhadores da região, dizem ter visto animais queimadas, macacos e onças carbonizadas, além de outros animais, sofrendo desidratação e fome, pela escassez de comida e água.

Devido ao aumento de incêndios no Brasil, a fim de destruir terras para cultivar as plantações e alimentar o gado, muitos habitats nos hotspots de biodiversidade estão sendo destruídos.

Segundo um levantamento da World Wildlife Fund (WAP), as terras na maior área úmida do mundo, o Pantanal, estão sendo devastadas. Estima-se que 65 milhões de animais vertebrados nativos foram mortos ou feridos em um incêndio criminoso no Pantanal no ano passado, que também atingiu a Bolívia e o Paraguai.

De acordo com a Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais no Brasil (INEP),devido ao início da temporada de queimadas neste ano, já foram registrados mais de 138.948 acidentes causados por incêndio no Brasil.



As equipes de resgate dizem que os animais são capturados e tratados quando necessário. A entidade de resgate animal, em conjunto com os resgatadores locais, criam corredores de fuga em meio a chamas e as áreas de fumaça para salvar os animais, além de fornecer água e comida para os animais.

Os incêndios no Brasil estão piorando a cada ano. Além disso, o Greenpeace Brasil tem feito campanha contra o desmatamento na Amazônia brasileira, no Cerrado e nas áreas úmidas vizinhas do Pantanal.

“Não podemos mais ignorar a ligação entre a agricultura industrial e o comportamento irresponsável das grandes corporações que causam esta catástrofe”, comenta João Almeida, Diretor Gerente da World Animal Welfare Brazil.

“O Cerrado é considerado um dos maiores hotspots de biodiversidade do mundo, e o Pantanal é a maior área úmida tropical do mundo e Patrimônio Mundial”, continua. “Observar os danos ao meio ambiente e à vida selvagem causados ​​por esses incêndios é devastador”, conclui o diretor.



Muitos animais como os macacos e as onças, foram encontrados completamente carbonizados, com as pernas queimadas, outros animais com os pés queimados, desidratados ou morrendo de fome. “Não podemos mais ignorar a ligação entre a agricultura industrial e o comportamento irresponsável das grandes empresas que estão causando esta catástrofe”, disse.

Pelo menos 44.480 hectares de vegetação foram extintos neste último mês, no estado de Goiás, no centro do Brasil, ameaçando o parque nacional do estado que agora é habitado por espécies raras, como onças e lobos .



A bióloga do local que trabalha com a WAP, Letícia Larcher, diz: “No ano passado, 90% da área total que trabalhamos para proteger foi queimada, com uma estimativa de 17 milhões de animais mortos”. A ONG exige a proibição da construção de novas fazendas industriais na região.

Fred Arruda, O embaixador do Brasil em Londres, comenta que a lei ambiental do país é “a mais severa do mundo” e que 80 por cento de todas as propriedades privadas na Amazônia devem ser mantidas com as suas florestas e seu habitat. Porém, os agricultores brasileiros seguem as regras às suas próprias custas.

Fotos: Crédito CNN | Foto: Araquém Alcântara 

Fonte: anda.jor.br



 Vereadora Teca Nelma madrinha do projeto Defesa Animal em Ação e Naine Teles de blusa amarela do projeto Acolher.

Foto: assessoria

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