É um movimento onde uma parte da sociedade causa o dano (abandono e maus
tratos) e a outra parte da sociedade tenta causar o bem “reparar o dano”!
A sociedade civil sozinha desejando o bem estar animal e tentando ao seu
modo resolver um grande problema consequência da ausência de gestão pública
desde meados da colonização. Somado a isso está a disparidade econômica com a
presença da miséria.
Historicamente, o senso comum se esforça trabalhando em frentes de
atuação distantes do entendimento de saúde única e com forte olhar popular
restrito ao animal como foco principal seguem os pleitos aos políticos.
Assim nutrido o afastamento das soluções.
Em um cenário cuja solução é totalmente dependente de decisões
políticas, o crônico distanciamento da classe técnica veterinária resulta por
aqui em iniciativas legislativas fragmentadas com ausência de compreensão da
raiz do problema que se arrasta por gerações; o que muito se observa são
propostas legislativas simpáticas revestidas de boas intenções para o bem estar
animal, porém mantenedoras dos problemas ; e quando não , limitam-se a medidas
paliativas e ao “saco de ração” reforçando a manutenção de ambientes que se
confundem entre abrigos, ONGs e acúmulo de cães e gatos.
Desde a decisão ao nível nacional no final da década de 90, pelo não
controle populacionais de cães e gatos via eutanásia ao nascimento sem controle
destes animais atualmente, o Brasil mantém em pleno 2021 a vulnerabilidade de
cães e gatos aos maus tratos em paralelo ao aprimoramento do instrumento
legislativo punitivo do cidadão.
Com reprodução de cães e gatos em via pública sempre presente, o país
faz a manutenção de negligência zoonótica e do mal estar animal, somado ainda
ao fácil e livre acesso das pessoas aos cães e gatos sem regras públicas que
organize a responsabilidade do cidadão.
A “causa animal” envolve um forte estado emocional das pessoas , alvo de
oportunismo político também. Contudo, sem política pública de Posse responsável
, política de castração séria e política de educação ambiental , sem solução!
Texto: Evelynne
Marques de Melo ( médica veterinária )
Fotos: internet


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