Por
David Arioch
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A prova de laço, parte
do "rodeio crioulo", consiste em perseguir e laçar um bezerro com 40
dias de idade, que pode sobreviver com traumas e corre o risco de morrer na
arena
Depois de ser aprovado
em quatro comissões da Câmara dos Deputados, um projeto de lei de autoria do
deputado Giovani Cherini (PL-RS) que visa elevar o “rodeio crioulo” à atividade
da cultura popular está aguardando apreciação do Senado.
Se o PL 213/2015 for
aprovado e sancionado, práticas como provas de laço, vaquejada, gineteada,
pealo, chasque e cura de terneiro passarão a ser reconhecidas em todo o país
como atividades culturais, embora algumas já tenham esse infeliz reconhecimento
à luz da legislação brasileira.
No entanto, é válido
reconhecer também que com a aprovação do PL de Cherini os defensores do “rodeio
crioulo” terão mais um amparo legal a favor do uso de animais como
entretenimento e contra ativistas que se opõem a essas práticas por entendê-las
como em desacordo com o bem-estar animal.
A prova de laço, por
exemplo, consiste em perseguir e laçar um bezerro com 40 dias de idade, que
pode sobreviver com traumas e ainda corre o risco de morrer na arena dependendo
da intensidade da violência. Em defesa da proposta, Giovani Cherini cita como prioridade
os benefícios econômicos.
“Se considerarmos a
movimentação econômica envolvendo apresentações artísticas, logística, animais,
comércio, vestuário, organização, turismo, entre outros, os diversos Rodeios
que acontecem no Brasil, especialmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul
do país, veremos que os números são extraordinários”, argumenta.
Entre os deputados que
facilitaram a aprovação do PL na Câmara, abrindo caminho para que chegue ao
Senado, estão Heitor Schuh (PSB-RS), Rodrigo Martins (PSB-PI) e Neri Geller
(PP-MT), além do agora ex-deputado e músico sertanejo Sérgio Reis (PRB-SP).
Fonte: anda.jor.br
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