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terça-feira, 14 de agosto de 2018

EXPLORAÇÃO ANIMAL : Atriz Karina Bacchi leva filho para conhecer parque que aprisiona animais


A atriz Karina Bacchi comemorou o Dia dos Pais ao lado do noivo, o empresário Amaury Nunes, e do filho de um ano, Enrico, no Jungle Island, um parque temático com zoológico interativo, localizado em Miami, nos Estados Unidos.

Nas redes sociais, Karina publicou um vídeo por meio do qual é possível ver Enrico sendo levado por Amaury para alimentar um canguru e uma tartaruga gigante. Desde pequeno, o menino tem sido ensinado a naturalizar o aprisionamento e a exploração de animais para entretenimento humano.

Não é, entretanto, a primeira vez que Enrico é levado pela mãe em um zoológico. Em março, Karina publicou um vídeo no YouTube intitulado “Enrico quer saber: como é um zoológico de verdade”. Nas imagens, gravadas no Zoológico de Miami, nos Estados Unidos, Karina aparece contando que aquela era a primeira visita de Enrico a um zoológico. O vídeo, lamentavelmente, romantiza a exploração animal ao colocar o passeio feito pela família como algo bom, sem levar em consideração a crueldade que é manter animais aprisionados para entreter seres humanos.

Em um momento do vídeo, Karina afirma que irá levar o filho para alimentar os rinocerontes. “Ela não quis saber de vir até a gente, tá comendo de boa lá no cantinho dela. A gente vai para outra atração”, diz a atriz ao se referir a uma rinoceronte fêmea.
Ao chamar os animais de “atração”, Karina reforça o que já se sabe: em zoológicos, animais são reduzidos a meros objetos e, por isso, mantê-los nesses locais como forma de entreter pessoas e gerar lucro para os proprietários desses estabelecimentos é uma prática exploratória que atenta contra a dignidade animal por tratar seres vivos como itens em exposição e não como sujeitos de direito.
A ida de Karina a zoológicos, no entanto, não é prejudicial apenas por passar para o filho a ideia de que animais devem ser mantidos aprisionados para entreter a população, mas também pelo fato de que Karina, assim como o noivo dela, Amaury, são influenciadores digitais. Amaury tem, no Instagram, 265 mil seguidores, enquanto Karina acumula 4,8 milhões de pessoas que a seguem no Instagram e 77 mil inscritos no YouTube. Com isso, o casal, que é formador de opinião, influencia internautas.
Ao divulgar imagens de passeios em zoológicos, Amaury e Karina passam para os seguidores a ideia de que locais que aprisionam animais devem ser frequentados, podendo, assim, aumentar o público desses estabelecimentos. Inclusive, no vídeo divulgado por Karina no YouTube sobre a visita ao Zoo de Miami, a atriz faz propaganda do zoológico, divulgando informações como site oficial do estabelecimento e horários de funcionamento.
Além das fotos e vídeos divulgados, que por si só já influenciam pessoas a visitarem os locais frequentados pelo casal, Amaury escreveu que ir ao Jungle Island é “um programa imperdível para quem vem pra Miami com a família”. A declaração do empresário é mais um incentivo aos seguidores dele nas redes sociais que serve para perpetuar a exploração animal e o aprisionamento de espécies, práticas extremamente cruéis que tratam animais como objetos, retirando deles a condição de sujeitos de direito, e que os impedem de viver em liberdade, na natureza, junto da família.
Alternativas éticas
O público que tem condições de frequentar locais como o Jungle Island, em Miami, tem como ir até o Ocean Odyssey, em Nova Iorque, também nos Estados Unidos. Basta optar pelo segundo ao invés do primeiro e, assim, fazer uma escolha ética. Isso porque o Ocean Odyssey é um aquário virtual que permite que o visitante seja transportado para o fundo do mar, observando de perto várias espécies de animais marinhos sem mantê-los aprisionados.
Além de atrair o público com imagens que, segundo o site oficial do empreendimento, são produzidas a partir de uma “tecnologia digital imersiva e de última geração”, o aquário virtual é educativo para as crianças, já que serve para conscientizá-las sobre a necessidade de não frequentar locais que aprisionem animais e ensiná-las que o desejo de estar perto de um animal silvestre nunca pode sobressair ao direito daquele animal de não ser mantido preso para ser explorado para entretenimento humano.
O aquário virtual não conta com água nem com animais reais, mas tem imagens “em tamanhos realistas e com detalhes científicos exatos”, segundo o site. Fundado pelo príncipe Khaled bin Alwaleed, da Arábia Saudita, o Ocean Odyssey faz parte das ações de ativismo do príncipe pela erradicação dos zoológicos no Oriente Médio. Segundo Khaled, que é vegano, “um zoológico já é demais”.
Apesar de ser um local incrível, o aquário virtual não é a única alternativa ética aos zoológicos. Para quem vive no Brasil e não tem condições de viajar até Nova Iorque para ir até o Ocean Odyssey, é possível fazer uso de fotos e vídeos e pesquisar informações sobre animais silvestres para conhecê-los melhor.
Ver um leão, por exemplo, pessoalmente e através de uma fotografia é bastante diferente. Mas a principal diferença não é aquela relacionada aos humanos, mas sim a que tem relação com os animais. Isso porque para que um leão seja visto de perto pelos visitantes de um zoológico, ele é impedido de viver em liberdade, é mantido em um ambiente pequeno e inadequado, sofre com estresse devido à aglomeração de pessoas e é tratado como objeto para entreter o público, o que é razão suficiente para se contentar com uma imagem e, assim, ensinar aos filhos que animais não são atrações e boicotar qualquer estabelecimento que lucre com o aprisionamento de vidas.
Fonte: anda.jor.br ( fotos: internet )

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