(Foto: Luiz Souza/RBS TV)
Nesta semana, os funcionários do
Hospital Municipal Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, Litoral Norte
catarinense, disseram que perderam um amigo. O cachorro Negão, que vivia no
pátio da unidade desde 2015, foi atropelado e morreu na terça (15). Ao Jornal
do Almoço de sábado (19), eles relataram o carinho e amizade que tinham com o
cão.
No final de 2015, Negão chegou ao
hospital seguindo a ambulância que levava o tutor dele, um morador de rua, que
morreu horas depois. Desde então, o cachorro vivia no pátio da unidade, como se
“esperasse” pelo tutor.
Companheirismo
O jardineiro do hospital, Gondra
Santim, era um que gostava da companhia de Negão. Ele vinha até a unidade até
nos finais de semana, quando estava de folga, para dar comida ao cão.
“Não tenho palavras para comentar
isso. Eu perdi um amigo, um companheiro, porque toda vez que eu chegava de
manhã cedo, ele já na entrada do hospital me via, vinha correndo”, lamentou
Santim.
Quando Negão foi atropelado, a
voluntária Beatriz Machado, que cuidava da saúde do cachorro, foi chamada pelo
telefone até o hospital, onde houve o acidente.
“Vim voando porque eu achei que ia
pegar ele e levar num veterinário. A perna quebrada, alguma coisa, mas não. Em
seguida que ela me ligou, ele já estava morto”, disse Beatriz.
Ela é voluntária em uma Organização
Não Governamental (ONG) que recolhe animais abandonados e se emocionou com a
morte de Negão.
Carinho e distração
Nas primeira semanas em que o
cachorro apareceu no hospital, nem todos achavam uma boa ideia ter uma animal
circulando no pátio da unidade. Por isso, a casinha e os potes de alimentação
dele foram colocados mais afastados. Mas o cão, passeando pelo pátio, conseguia
dar atenção a quem precisava de uma distração em meio ao estresse.
(Foto: Luiz Souza/RBS TV)
“Eu estava na espera da cirurgia do
meu esposo. Ele sofreu um acidente. Eu fiquei aqui fora, angustiada, esperando
notícia dele. E fiquei perto do cachorro. Eu fiz um carinho nele assim com o
pé, tentei falar com ele. Eu fiquei assim, até esqueci um pouco o estava
acontecendo”, relatou Rosineide Pereira Lopes, mulher de um paciente.
O corpo de Negão foi enterrado no
pátio do hospital a pedido dos funcionários que cuidavam dele. Mesmo com a
tristeza da perda, a voluntária Beatriz acredita em um novo capítulo para essa
história: que o cão finalmente reencontrou seu tutor.
Fonte: G1
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