Os cães Jack, Lion, Kevin, Sagati e o
gatinho Nobel escaparam de um terrível fim no CCZ de SP desde que ficou
proibida a matança de animais abandonados por força de uma lei estadual. Mas
até abril de 2008 os animais recolhidos nas ruas eram mortos das piores
maneiras possíveis incluindo câmara de gás, de descompressão, por injeção
letal, choque ou a pauladas. A prefeitura dava apenas o prazo de três dias para
o tutor retirar seu animal e cobrava uma multa.
Jack é um pit bull que vivia no CCZ
há quatro anos antes de ser adotado por Clayton Medeiros. Hoje ele é Jack
Risoleto (ganhou até um sobrenome): “Só tenho a agradecer por essa lei, pois, o
Jack entrou na minha vida e mudou tudo por completo. Quando cheguei no CCZ foi
amor à primeira vista ao vê-lo”, conta.
Jack foi abandonado próximo a uma
creche. “Ligaram para o CCZ dizendo que ele estava atacando as crianças, mas eu
duvido pela personalidade pacífica que ele tem. Inclusive, lá no CCZ ele
precisou ficar isolado, mas não por ser agressivo e sim porque os demais cães
batiam muito nele. O problema é que ainda existe muito preconceito e devem ter
acionado o CCZ por se tratar de um pit bull”, continua.
Sagati, outro pit bull, foi parar no
CCZ porque adultos e crianças estavam jogando pedras nele. Seu tutor morreu e a
casa foi incendiada por vândalos que o amarraram num poste. Uma pessoa o soltou
e tentou levá-lo para casa, mas ele sempre voltava para a frente do seu antigo
lar onde os vizinhos começaram a agredi-lo.
Assim como Jack, a índole de Sagati é
pacífica e foi por isso mesmo que Ines Reis quis adotá-lo. “O Sagati estava
quietinho num canto do CCZ e julgamos que se manteria assim calmo conosco.
Demos um passeio com ele e resolvemos levá-lo. Estamos com ele desde 2012 e, de
fato, ele é um bom cachorro que adora crianças e não liga para outros cães na
rua”.
Kevin e Lion são outros dois cães que
tiveram uma segunda chance graças à Lei Feliciano. A voluntária do CCZ Anne
Missiaggia Picorone ofereceu lar temporário ao Lion porque ele havia sido
atropelado e necessitava de um lugar mais confortável para se recuperar. Porém,
ela e sua família se apaixonaram pelo cachorro e não mais o devolveram.
“Já o Kevin, no canil do CCZ, era
apelidado de Treze por ser um dos mais bravos. Carinho nem pensar. Mas ele me
deixava levá-lo para passear e achei que podia dar uma chance a ele. Hoje ele é
dócil, adora um carinho, convive muito bem com os sete irmãos gatos e o irmão
Lion”, conta Anne.
Nobel vivia há três anos no CCZ de
SP. Sendo um gato preto e com problemas de saúde tinha poucas chances de ser
adotado, mas acabou encantando Miriam Ferreira que já tinha experiência com
gatos como Nobel, com dificuldade de segurar as fezes.
“Não me importei com isso. Nobel é um gato lindo e estava ficando na sede nova do CCZ para ver se suas chances de adoção aumentavam. Eu quis levá-lo para casa e ele se adaptou muito rapidamente a nossa rotina. Até mesmo melhorou de seu problema de saúde”, conta. Nobel era tão querido no CCZ que ganhou até uma festa de despedida (vide foto) e ainda foi convidado para participar do livro “Ághata Borralheira & Amigos – Tocando Corações” que reúne histórias e fotos de animais que são exemplo de superação.
“Não me importei com isso. Nobel é um gato lindo e estava ficando na sede nova do CCZ para ver se suas chances de adoção aumentavam. Eu quis levá-lo para casa e ele se adaptou muito rapidamente a nossa rotina. Até mesmo melhorou de seu problema de saúde”, conta. Nobel era tão querido no CCZ que ganhou até uma festa de despedida (vide foto) e ainda foi convidado para participar do livro “Ághata Borralheira & Amigos – Tocando Corações” que reúne histórias e fotos de animais que são exemplo de superação.
Salvo pelo gongo, um dos primeiros
beneficiados pela lei 12.916 que proibiu a matança de animais em situação de
rua, foi o cãozinho Zóio adotado pela então voluntária do CCZ de SP, Keké
Flores.
“Ele estava lá desde 2008 e achei melhor
levá-lo pra minha casa quando soube que estava com câncer”, conta. Zóio teve a
chance de desfrutar de um lar antes de morrer assim como Felipe – outro
cãozinho idoso, porém paraplégico, adotado do CCZ por Keké. “Ele era muito
gostoso. Vivia sorrindo pra mim!”, conta.
Evita quase teve um fim trágico,
afinal, ela foi adotada pelo fotógrafo Analdo Oliveira em 2005 na época em que
os animais ainda eram mortos no CCZ: “Tinha muitos cães em todas as baias e
conforme eu ia caminhando pelos corredores todos eles grudavam nas grades e me
lançavam olhares. Fui levado num local de adoção, mas só tinha três filhotes
para serem adotados e eu escolhi a Evita que acabou se tornando o amor da minha
vida”, conta. O CCZ publica a foto dos animais para adoção por meio do site.
Evita | Divulgação*Fátima ChuEcco É jornalista
ambientalista e atuante na causa animal
Fonte: anda.jor.br ( fotos:
divulgação )
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