Quando Poppy era
muito pequena, ela sofreu uma lesão terrível que destruiu sua espinha e deixou
suas pernas traseiras inutilizáveis.
É provável que ela
tenha sido pisoteada por outro animal ou talvez chutada por uma pessoa sem
compaixão.
A cachorrinha suportou a dor da lesão por semanas, talvez até por meses, antes de se arrastar para um campo de pesquisa remoto, procurando desesperadamente por ajuda.
A cachorrinha suportou a dor da lesão por semanas, talvez até por meses, antes de se arrastar para um campo de pesquisa remoto, procurando desesperadamente por ajuda.
Amanda Stronza
trabalha em um campo de pesquisa de elefantes na região de Okavango, no norte
do Botsuana (África Austral) e ficou chocada quando ela e seus colegas de
trabalho avistaram Poppy, entrando lentamente no acampamento.
“ veio rastejando –
literalmente rastejando porque suas pernas traseiras estavam completamente
imobilizadas em nosso campo de pesquisa. Ela era incapaz de andar, mas tinha
muito amor e procurava socorro”, relata Stronza.
Imediatamente,
Stronza e seus colegas acolheram Poppy e cuidaram dela da melhor forma que
puderam. O veterinário mais próximo estava a oito horas de carro e eles a
vigiaram por alguns dias até que tivessem tempo de fazer a viagem, ainda
chocados pela cachorra ter sobrevivido aos ferimentos e à jornada para o
acampamento.
“Nosso campo está
em uma região remota, com muitos elefantes, mas também leões, hienas e outros
predadores. Poppy, de alguma forma, chegou até nós, muito magra e molhada da
chuva”, diz Stronza à reportagem do The Dodo.
Depois que a
cachorra lutou para finalizar o caminho, evitando predadores e mais lesões,
seus salvadores sabiam que tinham que fazer o possível para auxiliá-la em sua
recuperação.
Finalmente, Poppy e
seus novos amigos fizeram a viagem de oito horas por estradas perigosas e
depois pegaram uma balsa em um rio para chegar à clínica veterinária mais
próxima.
O veterinário
determinou que Poppy tinha cerca de sete meses e, eventualmente, precisaria de
cirurgia para corrigir sua coluna ferida. Stronza e seus colegas de trabalho
criaram uma campanha no GoFundMe para arrecadar o dinheiro necessário, enquanto
Poppy continuou a crescer e ficar mais forte a cada dia.
“Ele disse que as
possibilidades de ela sobreviver à cirurgia ou se recuperar depois eram
‘pequenas’. Mas ela tinha tanta vida nela e eu sabia que precisávamos honrar
sua vontade de viver e a árdua luta que ela já tinha enfrentado para nos
encontrar e permanecer viva. Eu não poderia concordar em induzir sua morte”,
esclarece Stronza.
Após alguns dias de
alimentação adequada, muita água e remédio anti-inflamatório, a condição de
Poppy melhorou muito e o veterinário decidiu que seria melhor deixá-la
continuar a recuperar sua força por um tempo antes de tentar a cirurgia de
risco.
Poppy surpreende
seus salvadores diariamente com seu progresso, incluindo sua capacidade de
colocar o menor peso sobre suas pernas traseiras. Eles sabiam desde o momento
em que a conheceram que ela era especial, mas nunca imaginaram o quão longe ela
chegaria.
“Seus olhos nos
puxaram imediatamente. Eles são enormes, suplicantes e brilhantes de vida. Ela
tem o mais doce espírito pudemos perceber isso claramente, apesar da condição
desesperada em que ela estava”, acrescenta Stronza.
Hoje, Poppy está
com seus amigos em Botswana enquanto recupera sua saúde e força e, em um mês,
seus salvadores irão avaliá-la para decidir o que virá adiante.
Independentemente disso, eles têm grandes esperanças para Poppy, a pequena
cachorra que simplesmente se recusa a desistir.
“Ela já tem tantas
pessoas em todo o mundo que a amam de longe e acompanham seu progresso
diariamente e estão ansiosas para ver um resultado feliz, ou seja, a adoção em
uma família amorosa. Ela irá recuperar a sua capacidade de andar ou ganhará
[uma cadeira de] rodas para ajudá-la. Acho que ela tem um futuro brilhante”,
conclui Stronza.
Fonte:
anda.jor.br (Foto: Amanda Stronza)
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