Para a Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Pedro Krambeck, o jovem suspeito de tráfico de animais silvestres e que foi picado por uma Naja no DF, exercia ilegalmente a profissão de médico veterinário.
O órgão se baseia em vídeos e fotos em que Pedro aparece realizando cirurgia em
uma serpente. Dessa forma, a Prodema se posiciona favoravelmente à prisão do
rapaz, que também é acusado de ocultar provas.
Na manhã de quarta-feira (29/7), um mandado de prisão temporária
foi cumprido contra Pedro, na quarta fase da Operação Snake.
A 14ª Delegacia de Polícia, o Prodema e o Núcleo de Combate a
Crimes Cibernéticos (Ncyber) abriram procedimento para apurar suposta
comercialização de animais silvestres e exóticos em sites e redes sociais no
Distrito Federal. A apuração tem o objetivo de verificar se há conexão entre o
comércio ilegal de animais e o caso da cobra Naja.
Memória
O caso teve início quando Pedro foi picado por uma cobra da
espécie Naja kaouthia, criado por ele ilegalmente, no início do mês de
julho. O jovem chegou a entrar em coma e só recebeu alta após receber soro
antiofídico enviado pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
Após a picada, Gabriel Ribeiro, amigo de Pedro, tentou esconder
a Naja e outros animais clandestinos criados pelos rapazes. A cobra de origem
asiática foi encontrada próximo a um shopping no bairro da Asa Sul e
outras 16 serpentes foram achadas em uma chácara de Planaltina. Gabriel também
está cumprindo prisão preventiva na mesma carceragem que o amigo.
O padrasto de Pedro, o coronel Clovis Eduardo Condi, também
é investigado por participação no tráfico de animais silvestres. De acordo com
documento ao qual o Metrópoles teve acesso exclusivo, Gabriel
“encontra-se visivelmente ameaçado” na tentativa de proteger o padrasto do
amigo.
Por
Álvaro Couto
Fotos:Arquivo/Metrópoles
Fonte: Metrópoles
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