A Polícia Federal do Rio apreendeu na manhã de quinta-feira (30), tapetes de onça e duas cobras em um apartamento no Leblon, bairro nobre da zona sul do Rio de Janeiro. A identidade do dono do imóvel, que foi preso, em cumprimento de mandado de prisão temporária, não foi revelada.
A ação faz parte de uma operação em
cinco estados para desarticular uma organização criminosa especializada no
tráfico de animais silvestres, exóticos e em extinção. Cerca de 40 agentes
cumpriram mandados de busca e apreensão nos estados do Rio, São Paulo, Amapá,
Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.
Quanto a apreensão mais recente, no Leblon, o Ibama (Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) analisa se os
tapetes são permitidos por lei. Caso contrário, será instaurado inquérito
policial. O órgão também irá verificar a espécie das cobras apreendidas no
imóvel, onde foi cumprido mandado de busca e apreensão desses animais.
A ação, conduzida com o apoio de órgãos ambientais, faz parte da
terceira fase da Operação Marraquexe, um desdobramento de investigação iniciada
em 2018. Também foi cumprido mandado de busca e apreensão em uma garagem de
ônibus em Bonsucesso, zona norte do Rio, que pertence à família do alvo.
Entretanto, nada foi encontrado no local.
Na noite de quarta-feira (29), às vésperas da operação, um dos
alvos foi preso em flagrante pela polícia ambiental em Pindamonhangaba (SP) por
manter animais silvestres sem autorização. Na residência dele, os policiais
apreenderam cobras, tartarugas, lagartos, aranhas, lacraias e escorpiões.
A PF verificou que um morador de Macapá (AP) comandava uma rede
de tráfico internacional de animais exóticos —na maioria dos casos, eram
répteis. De acordo com a investigação, a comercialização ocorria por meio de
grupos formados em redes sociais com pessoas de outros países.
Na ocasião, a PF identificou um homem que vendia répteis —alguns
trazidos da Venezuela e da Índia. As espécies integram a lista da Convenção de
Washington sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna
Selvagens em Perigo de Extinção.
Enquanto isso, em Brasília…
A Polícia Civil trabalha com outra ação, a “Operação Snake”, que
garantiu a prisão temporária do estudante de veterinária Pedro Henrique
Krambeck na manhã desta quarta-feira (29). O traficante de animais, de 22 anos,
foi picado por uma cobra naja mantida ilegalmente em cativeiro no início do
mês, e é investigado por crime ambiental, além de tentar atrapalhar as
investigações.
Na semana passada o amigo de Krambeck, Gabriel Ribeiro de Moura,
de 24 anos, também foi detido por suposta tentativa de ocultar provas de
crimes, sendo apontado como o responsável por esconder serpentes do colega. E,
nesta manhã, os investigadores divulgaram a informação de que Krambeck
executava operações em cobras de maneira ilegal, sem a licença de médico
veterinário.
A Polícia do Distrito Federal investiga a motivação para o
tráfico de serpentes e outros animais ilegais no país, como a possibilidade do
uso do veneno de najas para criar alucinógenos.
Fonte e foto: Hypeness
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