Por
Renê Costa
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Jornalista começou seu trabalho junto com os animais há seis anos atrás e, desde aquela época, vai todos os dias no parque da Mooca para alimentar e cuidar dos gatos.
Hoje é celebrado o Dia Nacional do Protetor de Animais. A data é
comemorada todos os anos no dia 10 de agosto, com o objetivo de conscientizar a
população sobre a importância do protetor de animais para a saúde pública e
para a proteção e promoção dos direitos animais. Segundo dados do Instituto Pet Brasil, existem mais de 170
mil animais abandonados sob cuidados de ONGs no Brasil.
A celebração nasceu a partir
de um decreto no Congresso Nacional, em 2017, que fez vigorar o projeto de lei
8.055-A. É considerado protetor de animais toda pessoa física ou entidade sem
fins lucrativos que desempenha, gratuitamente por mais de dois anos atividades
que busquem proteger, cuidar, conscientizar e resgatar animais em condições de
vulnerabilidade social.
Esse é o caso do jornalista
Anderson Valença França, 66 anos, que atualmente atua na área educação e
proteção animalista com os projetos Gatos do Parque e Não Machuque os Animais,
realizando o trabalho de proteção e alimentação de mais de 80 gatos no parque
da Mooca, Região da Zona Leste de São Paulo.
Além de disso, em conjunto com outros jornalistas, Anderson
criou a sua própria rádio web: a “Rádio Nossos Bichos”, que todos os dias fala
da importância da informação correta em relação às leis ambientais e
protecionistas da fauna e da flora do nosso país.
E, recentemente, em parceria
com Cacá Mendes, 59 anos, locutor, decidiu investir na abertura de um canal no
Youtube com o nome de “Eta Mundo Animal”. O canal fala sobre assuntos diversos
como; leis ambientais, leis animalistas, adoção de animais, entrevistas com
famosos que lutam pela causa animal e também orientações aos tutores como lidar
com os animais diariamente.
Tio
da Mooca
Em 2014. Anderson se mudou
para uma residência perto do parque da Mooca e ao passear com seus dois cães no
local, começou a reparar na quantidade de gatos que eram abandonados por lá.
Desolado com aquela situação,
o paulistano decidiu que a partir daquele dia iria todos os dias ao local para
alimentar e cuidar dos mais de 80 gatos que vivem divididos em três colônias
dentro do parque.
Atualmente, ele vai ao parque
todos os dias das 16 às 19 horas. “Há seis anos que não viajo e nem vou para
lugar algum, para não deixá-los sozinhos”, afirmou Anderson em entrevista à
ANDA.
Devido à pandemia, o parque da Mooca teve que ser fechado para
evitar a circulação de pessoas no local, mas para a sorte dos gatinhos, a
entrada do protetor foi liberada. Além de ajudar na questão da alimentação dos
animais, Anderson também atua na solicitação de pedidos de castração dos gatos
junto ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo.
“Além de alimentação, ajudo
na questão da saúde dos gatos que estão doentes e também ajudo na questão da adoção dos
gatinhos”, disse França.
Já para alimentar os mais de
80 gatinhos, Anderson conta com a ajuda financeira de amigos que fazem parte do
projeto Gatos do Parque e com recursos próprios. São gastos mais de 200 quilos
de ração, 30 latas de pasta e 30 sachês por mês na alimentação dos animais.
“É um elo muito forte, no
início eles eram ferais, hoje eles vão ao meu encontro e fazem a festa”,
acrescentou o protetor.
Crime
No Distrito Federal, a Associação Protetora dos animais, Pro
Anima, registrou nos últimos três meses um crescimento de 60% na quantidade de
pessoas que querem se desfazer dos seus próprios animais domésticos.
Já na capital paulista, o
número de animais abandonados pelas ruas não para de crescer, são
aproximadamente mais de 2 milhões de cães e gatos vivendo em situação de rua.
Para Anderson, o abandono de animais é uma situação
corriqueira no parque da Mooca. “Já peguei pessoas falando que se quisesse se
desfazer dos gatinhos, era só deixar no parque, que lá tinha pessoas que
cuidavam”, contou.
Segundo o protetor, o outro
grande problema é que a maioria dos gatos que são abandonados por lá, não são
castrados, assim a chance de procriação é maior, provocando um aumento
considerável de gatos no local.“Várias vezes já deixaram a mãe e os seus
filhotes em caixas lá no parque”, acrescentou.
Para impedir o aumento
populacional de animais no parque, foi implementado o programa de captura,
esterilização e devolução do animal ao seu local de convivência, conhecido
popularmente como (CED).
Para o cuidador, esse
trabalho é fundamental para controlar o número de colônias em volta do parque.
“Nesse programa os gatos são capturados, esterilizados e devolvidos a sua
colônia. O corte da ponta da orelha esquerda é o método utilizado para
identificar se um gato foi esterilizado, assim não permitindo a expansão de
colônias dentro do parque”, salientou.
Segundo França, atualmente a
Guarda Civil Municipal (GCM) em parceria com a administração do parque
fiscaliza a situação de abandono de animais no local. De acordo com a lei
9.605/98 é crime abandonar animais, com pena prevista de três a um ano de
prisão.
Amor
incondicional
Além de conseguir famílias
para muitos dos gatos, as visitas diárias ao parque da Mooca rendeu alguns dos
seus amores.
Um deles, Tuty, nome dado a
um dos gatinhos resgatado, era alimentado e, um certo dia, apareceu na porta de
sua casa. O lindo gato branco atravessou quatro pistas e um viaduto na Zona
Leste da capital paulista até encontrar aquele que escolheu como tutor.
“Uma bela noite, quando sai
do parque por volta das 20 horas, deixei ele comendo, e quando foi por volta da
meia-noite minha mulher disse que tinha um gato parecido com o Tuty na frente
do nosso portão e para nossa surpresa era ele mesmo, colocamos ele para dentro
e, desde esse dia ele mora conosco aqui em casa”, lembra.
Ele ressalta ainda que na época sentiu que havia algo de
especial na relação entre eles. “Eu não tive coragem de colocar ele para
adoção, foi uma sintonia muito forte entre eu e ele”, concluiu o protetor de
animais.
Atualmente, Anderson tutela
mais de 10 animais resgatados, nos quais são oito gatos e dois cachorros, são
eles; Polaco, Branquinho, Felix, Theodoro, Paco, Jimmy, Luna e o Tuty.
Fotos: Arquivo Pessoal/
Anderson França
Fonte: anda.jor.br
Linda história cada verso é uma emoção, parabéns pela sua dedicação aos animais Anderson França.
ResponderExcluirVc é um grande personagem dos animais, parabéns pelo seu excelente trabalho felicidades pra vc e família ,Deus no comando é só sucesso.
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