“Ele estava deitado no mato, cheio de espinhos e carrapichos
pelo corpo”. Foi dessa forma que a dona de casa Eva Costa Silva descreveu o
momento em que encontrou o cãozinho ferido perto de um lixão, em Montes Claros,
MG.
Acostumada a resgatar animais de rua,
ela não pensou duas vezes em levá-lo para casa. Dona Eva conta que,
inicialmente, achou que o cachorro estava só com um “machucadinho”, mas ao
chegar em casa percebeu que era uma lesão grave. O animal teve fratura completa
em uma das patas, possivelmente provocada por atropelamento.
“Ele estava choramingando muito
por causa da dor e passou a noite assim. Nem dormi direito preocupada com ele,
dei dipirona e improvisei uma tala para amenizara dor”.
No dia seguinte, ela entrou em contato com os voluntários do
Projeto Casa da Dinda, que acolhe animais de rua, e o cãozinho está hospedado
no local desde o mês de junho. Ele já foi vacinado, passou por consultas e
precisa de uma cirurgia.
“Estamos buscando ajuda financeira para arcar com as despesas do
procedimento cirúrgico e com os exames que fica em torno de R$ 2 mil. Se não
conseguirmos, vai ser necessário amputar a patinha porque a amputação é mais
barata, fica menos de R$ 500”, explicou a coordenadora da Casa da Dinda,
Marília Diniz.
O cãozinho já foi avaliado por dois veterinários que constataram
a necessidade da cirurgia. Em entrevista ao G1, a veterinária Alessandra Viana
Mendes Colares explicou que a primeira alternativa foi o uso de uma tala
ortopédica, mas não deu resultado.
“Ele teve fratura completa com
descolamento do osso. Inicialmente, colocamos a tala para evitar um gasto maior
e aguardamos por alguns dias. Porém, quando retiramos percebemos que não houve
calcificação. Ele precisa fazer um raio-x para diagnóstico do tipo de fratura e
depois a cirurgia”.
A veterinária esclareceu ainda que o animal corre risco de
morte, caso não passe por cirurgia ou por amputação.
“Se não for feito nenhum dos procedimentos, a ponta do osso pode
ir perfurando a pele e necrosar a região. Isso gera um quadro de infecção
generalizada podendo levar ao óbito”, disse.
Alecrim transmite amor
Antes de ser levado para a Casa da Dinda, o cãozinho recebeu o nome de Alecrim,
por um motivo bem especial.
“Alecrim pra mim remete paz,
amor, serenidade e tranquilidade e é assim que eu o vejo. Quando estava tirando
os espinhos, ele me olhava com amor e com gratidão. Me passou esse
sentimento o tempo todo”, relembrou Dona Eva, que resgatou o animal no matagal.
O cãozinho Alecrim já transmitiu o mesmo amor aos voluntários da
Casa da Dinda.
“Ele é muito afetivo e dócil.
Alecrim ainda não aguenta correr, mas gosta de brincar e interagir com a gente
do jeitinho dele. Já criamos um carinho e um vínculo de afeto por ele”, disse a
coordenadora Marília Diniz.
Serviço
Quem quiser ajudar na cirurgia do Alecrim pode entrar em contato pelas redes sociais da Casa da Dinda ou pelo
telefone (38) 9 – 9174 -2441.
Fotos:
Arquivo pessoal
Fonte: G1
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