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quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Cãozinho é resgatado com fratura e precisa de cirurgia para não ter pata amputada

 

“Ele estava deitado no mato, cheio de espinhos e carrapichos pelo corpo”. Foi dessa forma que a dona de casa Eva Costa Silva descreveu o momento em que encontrou o cãozinho ferido perto de um lixão, em Montes Claros, MG.

Acostumada a resgatar animais de rua, ela não pensou duas vezes em levá-lo para casa. Dona Eva conta que, inicialmente, achou que o cachorro estava só com um “machucadinho”, mas ao chegar em casa percebeu que era uma lesão grave. O animal teve fratura completa em uma das patas, possivelmente provocada por atropelamento.

“Ele estava choramingando muito por causa da dor e passou a noite assim. Nem dormi direito preocupada com ele, dei dipirona e improvisei uma tala para amenizara dor”.
 

No dia seguinte, ela entrou em contato com os voluntários do Projeto Casa da Dinda, que acolhe animais de rua, e o cãozinho está hospedado no local desde o mês de junho. Ele já foi vacinado, passou por consultas e precisa de uma cirurgia.

“Estamos buscando ajuda financeira para arcar com as despesas do procedimento cirúrgico e com os exames que fica em torno de R$ 2 mil. Se não conseguirmos, vai ser necessário amputar a patinha porque a amputação é mais barata, fica menos de R$ 500”, explicou a coordenadora da Casa da Dinda, Marília Diniz.


O cãozinho já foi avaliado por dois veterinários que constataram a necessidade da cirurgia. Em entrevista ao G1, a veterinária Alessandra Viana Mendes Colares explicou que a primeira alternativa foi o uso de uma tala ortopédica, mas não deu resultado. 

“Ele teve fratura completa com descolamento do osso. Inicialmente, colocamos a tala para evitar um gasto maior e aguardamos por alguns dias. Porém, quando retiramos percebemos que não houve calcificação. Ele precisa fazer um raio-x para diagnóstico do tipo de fratura e depois a cirurgia”.
 

A veterinária esclareceu ainda que o animal corre risco de morte, caso não passe por cirurgia ou por amputação.

“Se não for feito nenhum dos procedimentos, a ponta do osso pode ir perfurando a pele e necrosar a região. Isso gera um quadro de infecção generalizada podendo levar ao óbito”, disse.

Alecrim transmite amor
 
Antes de ser levado para a Casa da Dinda, o cãozinho recebeu o nome de Alecrim, por um motivo bem especial.

“Alecrim pra mim remete paz, amor, serenidade e tranquilidade e é assim que eu o vejo. Quando estava tirando os espinhos, ele me olhava com  amor e com gratidão. Me passou esse sentimento o tempo todo”, relembrou Dona Eva, que resgatou o animal no matagal.
 

O cãozinho Alecrim já transmitiu o mesmo amor aos voluntários da Casa da Dinda.

“Ele é muito afetivo e dócil. Alecrim ainda não aguenta correr, mas gosta de brincar e interagir com a gente do jeitinho dele. Já criamos um carinho e um vínculo de afeto por ele”, disse a coordenadora Marília Diniz. 

Serviço
 
Quem quiser ajudar na cirurgia do Alecrim pode entrar em contato pelas redes sociais da Casa da Dinda ou pelo telefone (38) 9 – 9174 -2441. 

Fotos: Arquivo pessoal

Fonte: G1

 

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