Por Julia Cortezia,
ANDA
O Dia Mundial dos Animais ocorre
anualmente dia 4 de outubro, e é celebrado por vegetarianos, veganos e
simpatizantes mundo afora. Neste dia, muitas mobilizações a favor dos animais
ocorrem e expõem os problemas existentes que enfrentam devido à interferência
humana.
Dessa maneira, uma lista foi
divulgada no The Ecologist, feita por
Dominika Piasecka. Ela apresentou uma seleção de fatos e estatísticas para as
três principais razões pelas quais as pessoas estão cada vez mais se voltando
para o veganismo:
O meio ambiente
1. Se a alimentação da população
mundial não contasse com animais de criação, mais três bilhões de pessoas
poderiam ser alimentadas
Enquanto o veganismo é um movimento
pelos direitos animais, ele pode ajudar as pessoas também. O estilo de vida
pode ajudar a combater a fome no mundo.
Estudos apontam que, se a população
comesse uma alimentação direta, baseada em vegetais, frutas e outros alimentos
que não contenham produtos animais, ao invés de alimentá-los e depois comê-los,
metade da população mundial poderia ser alimentada.
2. Para cada 100 calorias que
alimentamos animais, recebemos de volta apenas 12 calorias de sua carne ou
leite
A agricultura
animal é considerada por muitos desperdiçada e insustentável. Para
cada 100 calorias fornecidas aos animais, recebemos de volta apenas 12 calorias
consumindo carne e leite.
A indústria de laticínios é tão
ambientalmente destrutiva quanto a da carne. A produção do leite sozinha
responde por cerca de 4% das emissões globais de gases do efeito estufa.
O valor é maior que a metade da
quantidade de metano, gás de efeito estufa altamente potente, liberado
pela existência das vacas.
Animais
3. Não sabemos quantos animais
matamos todos os anos
Não há estimativas precisas de
quantos animais morrem anualmente no mundo. Há pelo menos duas
estimativas para o número de animais de criação mortos todos os anos para a
alimentação humana, entretanto, nenhuma delas podem ser especificamente
provadas.
Estudos acreditam que 56 milhões de
animais são mortos todos os anos, ou em outro valor, 150 bilhões. Entretanto,
ambos os números não incluem o número de animais marinhos mortos, por ser
medido em toneladas.
4. A produção de leite por vaca
duplicou nos últimos 40 anos, com vacas tipicamente desgastadas após apenas
três lactações
As vacas, por suas capacidades
reprodutivas, são altamente exploradas na indústria
de laticínios. Beber leite de vaca significa contribuir para a morte de um
filhote, a quebra do coração de uma nova mãe e o abuso do milagre de ter
filhos.
Com os atuais sistemas agrícolas
intensivos buscando constantemente maneiras de minimizar os custos e maximizar
o lucro, as vacas foram cruzadas até o ponto em que produzem muito mais leite
do que naturalmente produziriam, levando a consequências terríveis para a sua
saúde.
5. Mais de 40 milhões de pintos
machos com um dia de idade são mortos no Reino Unido, por meio de gases, ou
sendo jogados em um macerador
A indústria de ovos também é têm uma
grande exploração em pintos machos. Nela, é comum a prática de matar pintos
machos com um dia de idade, que ocorre em todos os sistemas de criação de ovos,
incluindo orgânicos e free-range.
O bem-estar das galinhas é
comprometido, pois elas são criadas especificamente para produzir duas ou três
vezes mais ovos do que naturalmente. Essa contínua atividade, sem descansos,
diminui severamente o nível de cálcio em seus corpos, o que significa que as
fraturas ósseas nesses animais são muito comuns.
Saúde
6. Se o mundo fosse vegano, ele
poderia salvar oito milhões de vidas humanas até 2050, e arrecadar até US $ 1
trilhão (quase 4 trilhões de reais) por ano em saúde.
Um mundo vegano não seria apenas um
lugar mais gentil para todos, mas também muito benéfico para a nossa saúde.
Especialistas da Universidade de Oxford descobriram que bilhões de dólares
poderiam ser economizados se ninguém comesse animais.
Há uma desconexão entre o que nos
dizem que devemos comer e a comida que estamos produzindo. A criação de animais
está sendo priorizada cada vez mais, ao passo que os governos deveriam fornecer
apoio aos produtores que produzem animais para consumo humano.
7. Comer apenas 50g de carne
processada por dia – duas fatias de bacon – aumenta o risco de câncer de
intestino em 18%.
O relatório da Organização Mundial da
Saúde classificou a carne processada como cancerígena, com a mesma igualdade do
tabaco, em novembro de 2015.
A escolha final
No final do artigo, Dominika Piasecka
afirma: “Em última análise, cada ação que tomamos é com o objetivo de nos
tornarmos felizes. É da natureza humana fazer escolhas que nos beneficiem
pessoalmente”.
“Embora minha decisão de me tornar
vegana tenha sido motivada pela minha recusa em contribuir para a exploração
animal, você pode descobrir que se preocupa com o meio ambiente ou deseja ter
uma vida mais saudável. O veganismo é uma ótima escolha para todos nós que nos
preocupamos com essas questões”.
(Foto: Pixabay)
Fonte: anda.jor.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário