A proposta orçamentária do presidente
Donald Trump exige uma economia de US$ 10 milhões no próximo ano com a venda de
cavalos selvagens capturados em todo o Ocidente, sem garantia dos compradores
de que os animais não serão revendidos para matadouros.
Ativistas alertam que a mudança
destruiria quase meio século de medidas de proteção para cavalos selvagens e
poderia enviar milhares de mustangues selvagens para matadouros estrangeiros
que comercializam a carne dos animais.
Eles explicam que a administração
Trump tem defendido os interesses da indústria agropecuária que visa retirar 59
mil mustangues de mais de 50 quilômetros quadrados de pastagens em 10 estados
administrados pelo Departamento de Gestão de Terras dos Estados Unidos.
O orçamento de Trump prevê que a
economia representaria uma redução nos custos relacionados ao cerceamento e
alimentação dos animais. Isso também incluiria menos gastos com programas de
contracepção.
Os cavalos são protegidos por uma lei
de 1971 que estabelece que o BLM e o Serviço Florestal devem ser responsáveis
pela gestão da população de mustangues selvagens.
Porém, de acordo com essa “proteção”,
os cavalos considerados excessivos são capturados e vendidos a proprietários
privados. Em longo prazo, os animais são enviados para matadouros.
O orçamento de Trump reduzia custos
ao permitir que os cavalos fossem comprados sem garantia de que não seriam
mortos e transformados em carne.
Os republicanos do Congresso dos EUA
manifestaram sua aprovação à proposta e, em uma declaração, elogiaram o
orçamento quanto aos cavalos, reportou a reportagem do Daily Mail.
Em 2007, decisões judiciais forçaram
o fechamento dos três matadouros de cavalos restantes no país. Entretanto, os
animais poderiam ser exportados e vendidos para matadouros fora dos EUA.
A PETA e a Humane Society
pressionaram por uma legislação que impeça que os animais tenham esse trágico
destino e sejam exportados para o México e para o Canadá.
A Humane Society estima que 130 mil
cavalos são exportados para os vizinhos dos Estados Unidos anualmente e são
mortos e depois processados como carne.
Um grupo bipartidário de legisladores
patrocinou a Lei SAFE para acabar com essa brutalidade.
“A morte de cavalos para consumo
humano é uma prática bárbara que precisa parar”, disse o representante
republicano Vern Buchanan, da Flórida, no início deste ano, quando os
legisladores reintroduziram a lei.
Fonte: anda.jor.br (Fotos: Associated
Press )
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