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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Proposta de Donald Trump condena milhares de cavalos selvagens à morte no México e Canadá


A proposta orçamentária do presidente Donald Trump exige uma economia de US$ 10 milhões no próximo ano com a venda de cavalos selvagens capturados em todo o Ocidente, sem garantia dos compradores de que os animais não serão revendidos para matadouros.
Ativistas alertam que a mudança destruiria quase meio século de medidas de proteção para cavalos selvagens e poderia enviar milhares de mustangues selvagens para matadouros estrangeiros que comercializam a carne dos animais.
Eles explicam que a administração Trump tem defendido os interesses da indústria agropecuária que visa retirar 59 mil mustangues de mais de 50 quilômetros quadrados de pastagens em 10 estados administrados pelo Departamento de Gestão de Terras dos Estados Unidos.

O orçamento de Trump prevê que a economia representaria uma redução nos custos relacionados ao cerceamento e alimentação dos animais. Isso também incluiria menos gastos com programas de contracepção.
Os cavalos são protegidos por uma lei de 1971 que estabelece que o BLM e o Serviço Florestal devem ser responsáveis pela gestão da população de mustangues selvagens.
Porém, de acordo com essa “proteção”, os cavalos considerados excessivos são capturados e vendidos a proprietários privados. Em longo prazo, os animais são enviados para matadouros.
O orçamento de Trump reduzia custos ao permitir que os cavalos fossem comprados sem garantia de que não seriam mortos e transformados em carne.
Os republicanos do Congresso dos EUA manifestaram sua aprovação à proposta e, em uma declaração, elogiaram o orçamento quanto aos cavalos, reportou a reportagem do Daily Mail.
Em 2007, decisões judiciais forçaram o fechamento dos três matadouros de cavalos restantes no país. Entretanto, os animais poderiam ser exportados e vendidos para matadouros fora dos EUA.
A PETA e a Humane Society pressionaram por uma legislação que impeça que os animais tenham esse trágico destino e sejam exportados para o México e para o Canadá.
A Humane Society estima que 130 mil cavalos são exportados para os vizinhos dos Estados Unidos anualmente e são mortos e depois processados como carne.
Um grupo bipartidário de legisladores patrocinou a Lei SAFE para acabar com essa brutalidade.
“A morte de cavalos para consumo humano é uma prática bárbara que precisa parar”, disse o representante republicano Vern Buchanan, da Flórida, no início deste ano, quando os legisladores reintroduziram a lei.

Fonte: anda.jor.br  (Fotos: Associated Press )

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