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quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Quebec rejeita proposta de liberação de caça de focas


Uma vitória para a proteção de animais selvagens está sendo comemorada, já que a província de Quebec, no Canadá, rejeitou uma proposta de matar 1200 focas cinzentas na Brion Island Nature Reserve sob o pretexto de “investigação científica”.
Caçadores têm assassinado abertamente as focas na Ilha Brion há pelo menos três anos. A área, que é uma reserva ecológica protegida desde 1984, tornou-se um berçário importante para focas cinzentas darem à luz e cuidar de seus filhotes.
Como descobriram – não surpreendentemente – que uma área protegida é um lugar incrivelmente bom para encontrar um grande número de animais que desejam matar, os caçadores têm feito lobby para a abertura de uma caçada comercial.
Felizmente, uma nova proposta de pesquisa letal “para analisar a saúde da população de focas cinzentas” na ilha Brion foi rejeitada pelos ministérios da pesca e do meio ambiente de Quebec.
A proposta foi apresentada por Pierre-Yves Daoust, um veterinário de animais selvagens e patologista no Atlantic Veterinary College, que já realizou pesquisas sobre como matar focas.
Além de analisar as carcaças dos animais, Daoust e sua equipe de pesquisa queriam determinar “se a carne e o óleo são de qualidade suficiente para serem vendidos comercialmente caso a caça à foca seja reaberta”.
Esta é uma razão absurda, uma vez que existe atualmente uma caçada comercial para focas cinzentas nas Províncias Atlânticas do Canadá, com uma cota de 60 mil animais e o país tem agido agressivamente para comercializar produtos de focas cinzentas durante décadas sem praticamente nenhum sucesso.
Os pesquisadores também propuseram entregar as carcaças para a indústria de selagem, que processaria – e venderia – as peles, a gordura e a carne das focas.
Este tipo de “pesquisa” parece ter uma forte semelhança com o chamado programa de “caça científica” do Japão. Em 2016, o Japão matou 333 baleias na Antártida sob um esquema projetado para contornar as regras internacionais para proteger a espécie.
Os críticos da prática destacam há muito tempo que a “pesquisa” japonesa de baleias é pouco mais do que uma cobertura para a caça comercial e que métodos não letais possam ser usados, informou o Huffington Post.
Propor um projeto de pesquisa disfarçado de ciência para acobertar a matança contínua de animais selvagens em uma área protegida e permitir que os indivíduos lucrem com ela – e, em seguida, finjam que isso tem alguma coisa a ver com “desenvolvimento sustentável” é uma piada. Não precisamos matar animais para estudar sua saúde.
Fonte: anda.jor.br  ( foto:  Reprodução/Huffington Post )


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