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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Elefanta forçada a carregar turistas por décadas é homenageada em despedida comovente


Durante décadas, a vida de Nam Phon foi repleta de dificuldades, mas ela terminou no melhor lugar possível.
Recentemente, a elefanta asiática com mais de 55 anos faleceu na Wildlife Friends Foundation Tailândia (WFFT), o santuário onde finalmente encontrou paz após ser resgatada de uma vida de trabalhos árduos.
Desde que chegou à WFFT na primavera passada, Nam Phon se tornou uma referência para a manada de elefantes resgatados.

“A natureza confiável e a calma de Nam Phon iluminaram a vida de muitos. Ela experimentou mais liberdade nos últimos meses de sua vida do que nunca. Vagou livremente pelas florestas ao redor do Refúgio de Elefantes WFFT, fazendo o que queria”, disse o WFFT em um comunicado.
Porém, infelizmente, a idade e a vida dura de Nam Phon tiveram seus efeitos e ela faleceu tranquilamente. Entretanto, o WFFT não iria deixá-la ir sem uma boa despedida.
O santuário realizou um funeral para ela, deitando seu corpo e cobrindo-o com flores, além de ter deixado frutas perto de sua cabeça. Com vários monges liderando o serviço, a equipe se reuniu para dizer um último adeus.

Se Nam Phon terminou sua vida em paz, sua existência simboliza as lutas que muitos elefantes asiáticos prisioneiros enfrentam. Ela nasceu na natureza na década de 1950, mas foi sequestrada de sua família para ser explorada pela indústria madeireira quando era apenas um filhote.
Provavelmente, sofreu o infame processo de “esmagamento” do treinamento, que quebra os espíritos de elefantes selvagens jovens para que eles sejam mais fáceis de adestrar e manusear antes de serem enviados para o trabalho.
“Ela passou décadas sendo forçada a destruir seu próprio habitat. Durante este tempo é provável que tenha dado à luz seus próprios filhotes que foram arrancados dela”, disse o WFFT.
Quando a indústria madeireira foi proibida de usar elefantes no final dos anos 80, muitos animais foram forçados a vagar pelas ruas pedindo comida. Mas, à medida que a indústria do turismo cresceu, muitos deles, como Nam Phon, foram obrigados a dar passeios e realizar truques.
“Durante 30 anos ela foi forçada a servir turistas “, transferida de acampamento para acampamento, passear com turistas até que não pudesse mais”, escreveu a WFFT.
Em um momento, o responsável por Nam Phon concordou em deixá-la ir para o refúgio da WFFT e ela conseguiu uma pausa de seis anos dos duros passeios. Mas, em 2010, ele decidiu levá-la para longe do santuário e forçá-la a voltar ao trabalho.
Finalmente, em março de 2016, Nam Phon voltou de vez ao santuário após longas negociações com o explorador – e foi cumprimentada por dois de seus amigos de sua estadia anterior no local, que se lembraram dela todos esses anos mais tarde. Ela também se tornou amiga de outro elefante, Jele, de quem adorava “segurar as mãos” com sua tromba.
A WFFT disse que Nam Phon deixou um legado duradouro: não só no santuário, mas para elefantes em todo o mundo.
“Ela nos inspirou e também muitas pessoas que a conheceram a lutar por um futuro melhor para mais de três mil elefantes que ainda definham em ambientes cativos em toda a Tailândia. Ela nos deu esperança de continuar lutando por sua liberdade, os anos de abuso que suportou nunca apagaram sua luz”, disse o grupo de resgate.
Os ativistas deixaram a amada elefanta com a mais doce mensagem.
“Depois de anos de abuso nas mãos dos humanos, agora você está livre, garota idosa. Você será lembrada tanto como uma vítima da indústria de elefantes em cativeiro, como um farol brilhante de esperança para os muitos outros elefantes ainda precisam de ajuda. Ela deixou este mundo e se mudou para outro – seu espírito está livre agora”, escreveu a WFFT.
Fonte: anda.jor.br ( Foto: Wildlife Friends Foundation Thailand)


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