Famoso
pelo slogan “maior espetáculo da Terra”, Ringling encerra atividades alegando
que negócio não é mais rentável. Arrecadação caiu com fim do uso de elefantes
nos shows. O circo Ringling, um dos mais antigos do mundo, fechará as portas
definitivamente em maio, após 146 anos em atividade. O anúncio foi feito por
Kenneth Feld, diretor-geral da companhia americana Feld Entertaiment,
conglomerado que dirige a atração desde os anos 1960.
“Após
muitas negociações, minha família e eu tomamos a difícil decisão de que o
Ringling Bros. and Barnum & Bailey realize suas últimas apresentações em
maio deste ano”, afirmou Feld.
O
empresário confirmou que o fechamento do circo, famoso pelo slogan “o maior
espetáculo da Terra”, se deve à diminuição da venda de ingressos e ao aumento
dos custos operacionais, que fizeram com que o circo seja um negócio
insustentável para a companhia.
Ele
lembrou que a queda na venda dos bilhetes se deu especialmente desde que o
circo foi forçado pelos defensores animais a retirar os elefantes, que eram o
destaque do espetáculo. A Feld Entertaiment foi fundada por seu pai há quase 50
anos com a aquisição justamente do Ringling Bros.
“O circo e
seus funcionários foram uma fonte de inspiração e alegria para minha família e
para mim, por isso esta foi uma decisão muito difícil de ser tomada”, declarou.
Nos
últimos anos, muitas cidades dos Estados Unidos criaram leis que proíbem o uso
de elefantes em espetáculos, o que atrapalha os negócios da Feld Entertainment,
já que o circo é itinerante. Por ano, o espetáculo é apresentado em 115
cidades, e as diferentes legislações sobre o uso de elefantes criam custos
adicionais.
A empresa
chegou a ser tutora da maior manada de elefantes da América do Norte. Mesmo após
deixar os elefantes, a empresa continuou colocando tigres, leões, cavalos,
cachorros e camelos em seus espetáculos circenses.
A ONG de
defesa dos animais Peta aplaudiu o fim do “espetáculo mais triste da Terra” e
disse que o Ringling é um exemplo de que “os grandes circos ainda causam
sofrimento aos animais” e que este é “um sinal da mudança dos tempos”.
Os últimos
espetáculos da história do circo estão marcados para o dia 7 de maio, em Rhode
Island, e 21 de maio, em Uniondale, nos arredores de Nova York.
Nota do Olhar Animal: Se o “negócio” depende dos
maus-tratos e dos abusos contra os animais, que feche. E que as
pessoas busquem formas de viver que não dependam da escravização de outros
seres. Porém, o fechamento parece mais um mal gerenciamento do “espetáculo”,
exatamente por focar na exploração dos animais e não valorizar os
verdadeiros artistas: os humanos. Para a arte circense sempre haverá espaço. Para
a exploração, não. Que sirva de alerta para os demais circos que ainda
abusam dos animais. Que estes passem a investir nas pessoas, no
desenvolvimento da belíssima arte circense, em novas atrações. Este
espetáculo, sim, pode e deve continuar!
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