Foto: ©Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP)/ICMBio
A Polícia Federal abriu uma investigação para esclarecer a disseminação de um circovírus potencialmente letal entre ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), espécie criticamente ameaçada na Caatinga, informou o jornal O Globo.
A apuração ganhou força nesta quarta-feira (03/12), com a deflagração da Operação Blue Hope, que apreendeu celulares e computadores no criadouro responsável pelos animais infectados, localizado em Curaçá (BA). Os investigados podem responder por obstrução da fiscalização ambiental e disseminação de doença.
O caso veio à tona após o ICMBio confirmar que as 11 ararinhas liberadas na natureza testaram positivo para o vírus, considerado sem cura e capaz de provocar deformações no bico e alterações nas penas.
Outros 20 casos foram identificados em cativeiro, embora o instituto ressalte que a interpretação dos testes é complexa. O criadouro baiano foi multado em R$ 1,8 milhão por não adotar protocolos de biossegurança para conter a disseminação.
As ararinhas-azuis, que foram declaradas extintas na natureza por mais de duas décadas, começaram a ser reintroduzidas em 2020, quando 20 exemplares criados na Alemanha retornaram ao Brasil em um dos projetos de conservação do país. A gestão do plantel, contudo, é marcada por disputas entre criadores privados e autoridades brasileiras.






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