Cafeteria de universidade francesa aumenta opções à base de vegetais e vendas dobram 96%

 Foto: Ilustração | Freepik

Um novo estudo realizado na França sugere que aumentar a oferta de refeições à base de vegetais em universidades pode promover escolhas alimentares mais sustentáveis entre os alunos, muitas vezes sem que eles percebam. A pesquisa, conduzida em uma movimentada cafeteria universitária em Dijon, dobrou as opções sem carne disponíveis, resultando em um aumento de 96% na adesão a essas refeições. No entanto, apenas 6% dos estudantes notaram a mudança no cardápio.

O estudo, que durou quatro semanas, contou com um período de controle inicial em que 24% do menu era composto por refeições sem carne. Nas duas semanas seguintes, essa proporção foi elevada para 48%, sem alterações nos outros itens oferecidos. As preferências e a satisfação dos alunos foram monitoradas por meio de dados de produção e questionários diários. Além de aumentar o número de estudantes que optaram por refeições vegetarianas, o estudo também revelou um aumento na satisfação com as refeições.

Os autores do estudo destacam que a duplicação das opções vegetarianas não só dobrou a escolha por essas refeições, mas também aumentou a satisfação dos estudantes. Eles sugerem que universidades francesas devem considerar equiparar a oferta de refeições vegetarianas e não vegetarianas como uma forma de enfrentar questões ambientais.

A agricultura animal é responsável por 16,5% das emissões globais de gases de efeito estufa e está entre as principais causas de uso excessivo de terra e água, além de poluição. Embora o estudo tenha focado em refeições vegetarianas, que podem incluir laticínios e ovos, pesquisas apontam que dietas totalmente à base de vegetais são a opção mais sustentável. Essas dietas podem reduzir em 75% as emissões de gases de efeito estufa, o uso de terras e a poluição da água, além de diminuir a destruição da vida selvagem em 66% e o consumo de água em 54%.

Diante de evidências tão claras, diversas universidades no Reino Unido, como a Universidade de Cambridge e a London Metropolitan University, já adotaram cardápios 100% baseados em vegetais. No ano passado, mais de 650 especialistas e ativistas assinaram uma carta aberta pedindo que todas as universidades britânicas adotem dietas veganas como uma medida urgente em prol do planeta. A campanha “Plant-Based Universities” segue pressionando outras instituições a seguirem o exemplo.

Fonte: anda.jor.br

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