Olá, gente! Hoje vou trazer um assunto que ganhou grande repercussão no Brasil, o Caso Joca, cãozinho da raça golden retriever que morreu durante o transporte de avião que foi realizado. Mas o que levou o pet a morte? Ainda está sob investigação, mas há suspeitas!
Segundo a médica veterinária e zootecnista, Valéria Bentes, uma das causas da tragédia com o Joca pode estar relacionada com a hipertermia, que é a elevação da temperatura corpórea sem ser por conta de patógenos. “As ventilações na cabine onde os animais são transportados são oscilantes, e juntamente com o estresse animal, a ansiedade é uma das situações que elevam a temperatura. A hipertermia com o tempo prolongado causa problemas neurológicos”, explicou.
A médica veterinária acrescenta que não se descartam os fatores, relacionados a pré-disposição para alguma patologia, que pode ter auxiliado na situação. “Animais de raça braquicefálicos, por já possuírem patologias relacionadas ao sistema respiratório por conta de sua anatomia são mais propensos. Eles são proibidos em voos, a não ser mediante solicitação judicial”.
Animais braquicefálicos e outras raças também vão em cima com os tutores se houver alguma medida jurídica com relação a saúde e cuidados especiais.
ATENÇÃO!
Os cuidados a se adotarem para viagens de avião, carro ou demais transportes, inicialmente é a procurar de um médico veterinário, fazer todos os exames clínicos e físicos para verificar se não existe nenhuma patologia assintomática que possa ser aguçada com a pressão e demais fatores durante a viagem, atualizações das vacinas e demais ações que o médico veterinário entenda como necessária para o seu pet estar apto à viagem.
Valéria Bentes reforça que mesmo em viagens aos quais o animal estará ao lado do tutor, o peludo fica mais sensível e apreensivo, uma vez, que o nível de estresse dele será inferior dos que são separados, armazenados em caixa de transporte, em local barulhento e com temperatura oscilante e por um período considerável. Mesmo assim, necessitará de todas as avaliações e liberação médica. “De acordo com cada companhia, existem regras, e em geral se permitem nas cabines apenas animais de pequeno porte, onde o peso da caixa de transporte e do animal, não se ultrapassem 10kg, caso contrário ele será direcionado para o compartimento de carga”.
Nas viagens para o exterior é necessário o passaporte e o CVI (Certificado Veterinário Internacional), emitido pelo Ministério da Agricultura. Esse certificado é feito de acordo com as regras de cada destino para a entrada dos animais.
Não sendo recomendável a sedação destes animais, uma vez que estão desacompanhados no ambiente de bagagem e qualquer intercorrência humana ou médica não existirá. Com a liberação do médico veterinário, após análise clínica, alguns animais podem recebem um leve tranquilizante, que irá ajudá-los nesse percurso de tamanho estresse. Porém, o ideal é que eles nunca viagem totalmente sedados.
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