Foto: Divulgação/EACH
Em
abril de 2022, a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP recebeu
um conjunto de peles apreendidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em razão da caça e do comércio ilegal.
O objetivo da doação foi estimular práticas científicas e de educação em defesa
da sustentabilidade ambiental. E foi em prol da divulgação científica que a
Tecidoteca, uma “biblioteca” de tecidos para pesquisa do curso de Têxtil e
Moda, organizou a exposição Peles: água, terra, passarela, aberta ao público
até o dia 7 de julho na biblioteca da EACH.
A
exposição traz exemplares de peles de animais que já estavam tratadas e
tingidas quando foram confiscadas. Entre eles estão o jacaré-do-pantanal, o
lagarto-monitor, o pirarucu e a píton-real. Além das peles, a mostra expõe
tecidos sintéticos que imitam o aspecto da pele e do couro de animais e podem
ser aplicados para o uso indumentário, isto é, para a confecção de sapatos,
bolsas, jaquetas, calças, entre outras vestimentas.
Por
meio da tecnologia dos processos têxteis, os materiais sintéticos são uma
alternativa para a representação da fauna no universo da moda, sem agressão ao
meio ambiente..
Doação para fins educacionais
A
ideia da doação da coleção para a EACH considerou o caráter educacional da
instituição. O engenheiro Luciano Koji Shimizu, funcionário do Ibama, entrou em
contato em janeiro de 2022, considerando o disposto no art. 135 do Decreto
6.514/2008 e artigos 40 e 41 da Instrução Normativa (IN) Ibama 19/2014, de que
as peles deveriam ser destinadas a “doação para órgãos e entidades públicas de
caráter científico, cultural, educacional, hospitalar, penal, militar e
social”, ou seriam incineradas.
Atualmente,
o curso de Têxtil e Moda da USP conta com pesquisas de caracterização de
materiais utilizados no setor — incluindo diversos tipos de pele ou couro, como
bovino, caprino e de tilápia. Segundo Júlia Baruque, professora e coordenadora
do curso, apesar de reunirem um acervo de pequenas amostras para a realização
desses estudos, a unidade não tinha exemplares como os doados pelo Ibama. “Essa
doação aumentou significativamente as possibilidades de pesquisa sobre couros
animais. Para outras áreas de ensino e pesquisa na EACH, essa doação significa
que, tendo essas peles em acervo, pode-se utilizá-las como material didático em
aulas expositivas ou também como material de pesquisa.”
De
acordo com Analúcia Recine, bibliotecária-chefe da Biblioteca da EACH e
coordenadora-técnica da Tecidoteca, a comunidade EACH tem a oportunidade de
impulsionar o estudo das peles a partir desta doação. “Cada área do
conhecimento pode desenvolver pesquisas relacionadas ao tema das peles, desde
possíveis políticas públicas para evitar a caça ilegal até a produção de
produtos sustentáveis. Por isso é importante divulgar para a comunidade os
recursos de nosso acervo”, reforça.
Sobre a Tecidoteca
Em
2005, junto ao bacharelado de Têxtil e Moda, a Tecidoteca foi criada com o
objetivo de ser uma complementação educacional para os alunos, que podem
utilizar os recursos disponíveis como ferramenta de pesquisa, desde a iniciação
científica até a pós-graduação.
O
acervo dispõe de doações feitas por empresas da área têxtil e até mesmo dos
próprios alunos e professores da unidade. A coleção conta com bandeiras de
tecidos planos, bandeiras de malharia, catálogos de empresas têxteis,
aviamentos, fibras e, atualmente, exemplares de peles de animais doadas pelo
Ibama.
A
Tecidoteca é vinculada à Biblioteca da EACH e a organização das informações e a
preservação do acervo são feitas pela equipe deste local. O professor Maurício
Campos Araújo, responsável pelo espaço, orienta a equipe na análise técnica dos
materiais, atividade executada pelos alunos do bacharelado de Têxtil e Moda.
Após
o fim da exposição, os exemplares e outros materiais — tecidos, catálogos de
roupas e aviamentos — continuarão disponíveis ao público geral para consulta na
Tecidoteca, que atende mediante agendamento, de segunda a sexta, entre 13h e 17h.
As visitas podem ser agendadas pelo e-mail bibtecidoteca-each@usp.br.
A
exposição Peles: água, terra, passarela está em funcionamento de segunda a
sexta, das 8h às 21h45, e aos sábados, das 9h às 11h45, até o dia 7 de julho.
Ela acontece na Biblioteca da EACH, localizada na Rua Arlindo Béttio 1000, no
bairro de Ermelino Matarazzo, em São Paulo.
Fonte: Jornal da USP
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