Os clínicos de cães e
gatos devem investigar esporotricose nas lesões dermatológicas da rotina de
atendimento, notificar para contribuir com o compilado de dados nacional e
orientar aos tutores sobre prevenção.
A comissão de saúde
pública do CRMV-AL, abordou o tema esporotricose na na plenária do dia 02 de
junho e o presidente da Comissão faz o alerta. “O momento é de alerta para
incluir esporotricose na investigação diagnóstica de lesões cutâneas que se
apresentem em cães e sobretudo em gatos domésticos”.
A doença é causada por um fungodo
tipo Sporothrix spp que habita alguns solos, troncos de árvores e vegetações
envelhecidas em climas tropicais, para o qual Alagoas é endêmica. “Durante
consulta veterinária, temos o papel de colaborar também com o encaminhamento
diagnostico nas pessoas. Isso porque diante de um animal infectado é provável
que alguém na residência já possa ter sido arranhado ou mordido pelo animal em
momentos de manejo e a doença pode estar ali passando despercebida como uma
pequena feridinha na pele; momento em que com perguntas podemos orientar a
pessoa a buscar serviço médico também”, ressalta a médica veterinária Evelynne
Marques Diretora técnica da secretaria de bem estar animal de Maceió, também
integrante da Comissão do CRMV-AL.
A Comissão de saúde pública tem uma missão social que é
aprimorar os estudos relativos a profissão e lançar contribuições aos colegas
veterinários e auxiliar a gestão pública em raciocínios técnicos. Neste sentido
ressalta-se a importância de desenvolvimento de pesquisas cientifícas e a
médica veterinária Mariana Amaral, também integrante da Comissão, esta
desenvolvendo pesquisa no Mestrado Ciência animal da UFAL- Universidade Federal
de Alagoas especificamente com esporotricose em felinos domésticos. A pesquisa segue
em parceria com a UVZ-Maceió.
Desde os anos 2000 que
esporotricose tornou-se uma doença de relevância para a saúde pública no
Brasil, sobretudo a adaptação do fungo, causador da doença, aos gatos
domésticos fazendo estes animais participarem do ciclo epidemiológico da doença
pelo contato homem-animal em situações em que o felino arranha ou
morde os indivíduos durante manejo, o que caracteriza a transmissão zoonótica.
A doença pode acontecer em
diversos animais como ratos, cães, coelhos, tatus, cavalos entre outros;
contudo no felino doméstico encontra-se o maior agravante devido as
particularidades comportamentais naturais desta espécie que são cavar o solo
para enterrar fezes e urina e afiar as garras em troncos de árvores, ambientes
naturais do fungo, o que proporciona ao felino doméstico armazená-lo
acidentalmente em suas unhas. Exposição de pessoas a forma traumática ( cortes
e perfurações ) que transportem o fungo à pele, caracterizam a principal forma
de transmissão; para além disso o contato com exsudato (
secreções de feridas ) contendo o fungo e os trabalhos com solo e
jardinagem sem proteção das mãos.
Na clínica veterinária, a
investigação pode ser confirmada de modo rápido em citologia imprint/decalque,
swab cutâneo; e em casos negativos (na citologia) deve seguir em frente
ostensivamente com cultura, histopatológico e cultura da biopsia, até que se
confirme negativo.
A Comissão faz o destaque de que
atualmente a situação é de alerta nacional.
A esporotricose zoonótica tem
sido relatada em todos os estados do Brasil. O Ministério da Saúde em nota
(número 60/2023) recomenda aos estados e municípios vigilância à esporotricose
animal em todo país. A notificação poderá ser feita até pelo cidadão, pois a
comunidade tem importante colaboração com a vigilância em saúde.
Médicos veterinários
profissionais das UVZs, Agentes de saúde e outros profissionais da
saúde podem informar sobre casos suspeitos de esporotricose animal através
das seguintes vias: pessoalmente ( ao serviço de zoonose do município),
por email, telefone e pelo link oficial disponibilizado pelo Ministério da
Saúde. ( http://redcap.link/esporotricoseanimal).
A comissão relembra as situações
agravantes no assunto:
A reprodução de cães e gatos
ainda acontece livremente nos centros urbanos e por todo o país e aqui em
Alagoas, há inúmeras colônias de gatos de vida livre em reprodução ativa e
distantes da gestão comunitária e ausência de política pública. “ Observamos
que o estado precisa de um plano de ação tanto para enfrentamento da
esporotricose quanto para a prevenção e necessitam de atenão estadual e
municipal e estamos trabalhando para isso”, complementa Evelynne Marques.
Iniciativa estadual:
Atualmente tramita na Assembleia
Legislativa de Alagoas dois projetos de Lei no sentido da vigilância
epidemiológica da esporotricose e notificação compulsória e o apelo para que
seja realizado a campanha de enfrentamento a esporotricose citando as principais
medidas públicas, aos quais a Comissão tem sido parceira através da
Pesquisadora Evelyne Marques.
Iniciativa municipal:
No dia 24 de maio de 2023 foi
realizada uma reunião na Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos
Transmissíveis e Não Transmissíveis (GVDATNT) para tratar sobre vigilância e
assistência aos caos de esporotricose no Município de Maceió, na qual a UVZ
Maceió participou ativamente da Nota Técnica número 01-2023/GVDATNT/CGE/DVS,
que tem por finalidade orientar e atualizar a rede de saúde (pública e privada)
a respeito das medidas a serem tomadas diante de casos de Esporotricose humana
no município de Maceió.
Foi disponibilizado a Ficha de
investigação do SINAN-Sistema de informação de Agravos de Notificação-Ficha de
notificação.
A população de modo geral tem enorme
peso na prevenção da esporotricose através de medidas como criar gatos
domésticos somente no interior do domicílio evitando que o animal tenha contato
com áreas ambientais onde o fungo habita; evitar dar banho em gatos resgatados
da via pública, evitando ser arranhado ou mordido; manter caixas de areia
higiênica dentro da residência para os gatos
defecarem e urinarem, evitando trazer terra de jardim ou
areia de praia, em caso de óbito por suspeita de esporotricose não enterrar o
cadáver no jardim da residência e nem descartar no lixo comum, buscar o serviço
da unidade de vigilância e zoonose da cidade para orientação.
Fonte: Comissão de Saúde Pública
CRMV-AL
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