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sábado, 10 de junho de 2023

Esporotricose: Comissão de saúde pública do CRMV-AL alerta sobre importância do diagnóstico veterinário

 

Os clínicos de cães e gatos devem investigar esporotricose nas lesões dermatológicas da rotina de atendimento, notificar para contribuir com o compilado de dados nacional e orientar aos tutores sobre prevenção.

Foto: Arquivo do Instituto Nacional de infectologia Evandro Chagas -Fiocruz/Rj

A comissão  de saúde pública do CRMV-AL, abordou o tema esporotricose na na plenária do dia 02 de junho e o presidente da Comissão faz o alerta. “O momento é de alerta para incluir esporotricose na investigação diagnóstica de lesões cutâneas que se apresentem em cães e sobretudo em gatos domésticos”.

A doença é causada por um fungodo tipo Sporothrix spp que habita alguns solos, troncos de árvores e vegetações envelhecidas em climas tropicais, para o qual Alagoas é endêmica. “Durante consulta veterinária, temos o papel de colaborar também com o encaminhamento diagnostico nas pessoas. Isso porque diante de um animal infectado é provável que alguém na residência já possa ter sido arranhado ou mordido pelo animal em momentos de manejo e a doença pode estar ali passando despercebida como uma pequena feridinha na pele; momento em que com perguntas podemos orientar a pessoa a buscar serviço médico também”, ressalta a médica veterinária Evelynne Marques Diretora técnica da secretaria de bem estar animal de Maceió, também integrante da Comissão do CRMV-AL.    

A Comissão de saúde pública tem uma missão social que é aprimorar os estudos relativos a profissão e lançar contribuições aos colegas veterinários e auxiliar a gestão pública em raciocínios técnicos. Neste sentido ressalta-se a importância de desenvolvimento de pesquisas cientifícas e a médica veterinária Mariana Amaral, também integrante da Comissão, esta desenvolvendo pesquisa no Mestrado Ciência animal da UFAL- Universidade Federal de Alagoas especificamente com esporotricose em felinos domésticos. A pesquisa segue em parceria com a UVZ-Maceió.

Foto: Arquivo do Instituto Nacional de infectologia Evandro Chagas-Fiocruz/Rj

Desde os anos 2000 que esporotricose tornou-se uma doença de relevância para a saúde pública no Brasil, sobretudo a adaptação do fungo, causador da doença, aos gatos domésticos fazendo estes animais participarem do ciclo epidemiológico da doença pelo  contato homem-animal em situações em que o felino arranha ou morde os indivíduos durante manejo, o que caracteriza a transmissão zoonótica.

A doença pode acontecer em diversos animais como ratos, cães, coelhos, tatus, cavalos entre outros; contudo no felino doméstico encontra-se o maior agravante devido as particularidades comportamentais naturais desta espécie que são cavar o solo para enterrar fezes e urina e afiar as garras em troncos de árvores, ambientes naturais do fungo, o que proporciona ao felino doméstico armazená-lo acidentalmente em suas unhas. Exposição de pessoas a forma traumática ( cortes e perfurações ) que transportem o fungo à pele, caracterizam a principal forma de transmissão; para além disso o contato com exsudato  ( secreções  de feridas ) contendo o fungo e os trabalhos com solo e jardinagem sem proteção das mãos.

Na clínica veterinária, a investigação pode ser confirmada de modo rápido em citologia imprint/decalque, swab cutâneo; e em casos negativos (na citologia) deve seguir em frente ostensivamente com cultura, histopatológico e cultura da biopsia, até que se confirme negativo.

A Comissão faz o destaque de que atualmente a situação é de alerta nacional.   

A esporotricose zoonótica tem sido relatada em todos os estados do Brasil. O Ministério da Saúde em nota (número 60/2023) recomenda aos estados e municípios vigilância à esporotricose animal em todo país. A notificação poderá ser feita até pelo cidadão, pois a comunidade tem importante colaboração com a vigilância em saúde.

Médicos veterinários profissionais das  UVZs, Agentes de saúde e outros profissionais da saúde podem informar sobre casos suspeitos de esporotricose animal através das  seguintes vias: pessoalmente ( ao serviço de zoonose do município), por email, telefone e pelo link oficial disponibilizado pelo Ministério da Saúde. ( http://redcap.link/esporotricoseanimal).

A comissão relembra as situações agravantes no assunto:

A reprodução de cães e gatos ainda acontece livremente nos centros urbanos e por todo o país e aqui em Alagoas, há inúmeras colônias de gatos de vida livre em reprodução ativa e distantes da gestão comunitária e ausência de política pública. “ Observamos que o estado precisa de um plano de ação tanto para enfrentamento da esporotricose quanto para a prevenção e necessitam de atenão estadual e municipal e estamos trabalhando para isso”, complementa Evelynne Marques.

Foto: arquivo pessoal ( dra Evelynne Marques )

Iniciativa estadual: 

Atualmente tramita na Assembleia Legislativa de Alagoas dois projetos de Lei no sentido da vigilância epidemiológica da esporotricose e notificação compulsória e o apelo para que seja realizado a campanha de enfrentamento a esporotricose citando as principais medidas públicas, aos quais a Comissão tem sido parceira através da Pesquisadora Evelyne Marques.

Iniciativa municipal:

No dia 24 de maio de 2023 foi realizada uma reunião na Gerência de Vigilância das Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis (GVDATNT) para tratar sobre vigilância e assistência aos caos de esporotricose no Município de Maceió, na qual a UVZ Maceió participou ativamente da Nota Técnica número 01-2023/GVDATNT/CGE/DVS, que tem por finalidade orientar e atualizar a rede de saúde (pública e privada) a respeito das medidas a serem tomadas diante de casos de Esporotricose humana no município de Maceió.

Foi disponibilizado a Ficha de investigação do SINAN-Sistema de informação de Agravos de Notificação-Ficha de notificação.

A população de modo geral tem enorme peso na prevenção da esporotricose através de medidas como criar gatos domésticos somente no interior do domicílio evitando que o animal tenha contato com áreas ambientais onde o fungo habita; evitar dar banho em gatos resgatados da via pública, evitando ser arranhado ou mordido; manter caixas de areia higiênica dentro da residência para os gatos defecarem  e  urinarem, evitando trazer terra de jardim ou areia de praia, em caso de óbito por suspeita de esporotricose não enterrar o cadáver no jardim da residência e nem descartar no lixo comum, buscar o serviço da unidade de vigilância e zoonose da cidade para orientação.   

 

Fonte: Comissão de Saúde Pública CRMV-AL

 

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