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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Antes de luta por 'guarda' de capivara, influencer já tinha sido multado por morte de preguiça-real e por manter animais silvestres em cativeiro

 


Foto: Reprodução/Instagram

Antes de toda a saga para conseguir a guarda da capivara Filó, o influenciador Agenor Tupinambá foi multado pela morte de uma preguiça-real que estava na guarda dele, segundo o Ibama. O órgão ainda diz que uma série de animais silvestres foram explorados ilegalmente na busca do influenciador por “likes” nas redes sociais.

No sábado (29), a Justiça Federal determinou a devolução do animal, que estava no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus, para o influenciador.

O superintendente do Ibama, Joel Araújo, disse nessa terça-feira (2) que cumpriu corretamente o que dizia a ordem judicial, mas que mesmo assim vai recorrer da decisão.

Segundo o Ibama, Agenor foi autuado em mais de R$ 17 mil por quatro crimes:

– Morte de uma preguiça-real, situação confirmada por Agenor;
– Prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça real);
– Uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade competente (capivara e papagaio);
– Exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso (capivara) e irregularmente em cativeiro.

A morte de um bicho-preguiça foi o primeiro caso que chegou ao conhecimento do órgão ambiental. Em vídeo, divulgado na segunda-feira (1º), o analista Roberto Cabral, fiscal do Ibama, listou oito animais silvestres que seriam criados por Agenor.

“Não se trata apenas de uma capivara a discussão sobre isso. Se trata de outra capivara, que teria morrido; de duas preguiças, sendo que uma delas morreu; de duas jiboias; de uma paca; de uma arara; dois papagaios; uma coruja; uma aranha. Ou seja, uma série de animais que foram explorados de forma ilegal para se conseguir likes na internet”, afirmou.

O fiscal ainda apontou que Agenor não é ribeirinho, e sim, um fazendeiro e um influencer, que possui milhares de seguidores . “Se trata de um influencer e não de um ribeirinho. Ele é um fazendeiro, é um biombo herdeiro. Não é uma pessoa hipossuficiente [sem recursos econômicos]”.

O fato de Agenor ser estudante de agronomia também foi levado em consideração. O local, onde o fazendeiro estuda, tem um posto do Ibama e ele poderia ter informado que estava com os animais silvestres em sua propriedade.

O g1 aguarda um posicionamento do influencer sobre o depoimento do fiscal do Ibama. A reportagem também procurou o órgão ambiental para esclarecimento sobre a fala do servidor e sanções aplicadas ao Agenor, mas o instituto apenas respondeu com posicionamentos antigos sobre o caso.

Vídeo maltratando porco

Em 25 de abril, um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra Agenor maltratando um porco dentro de uma arena de rodeio. Nas imagens, é possível ver que o animal foi usado na brincadeira “pega do porco”.

No vídeo, diversas pessoas, a maioria crianças, cercam o porco para tentar segurá-lo. Na brincadeira, quem consegue agarrar o animar, leva um prêmio.

As imagens mostram que o animal esperneava enquanto tentava fugir. Agenor aparece no vídeo segurando o porco pelas patas.

O vídeo logo ganhou as páginas de ONGs de defesa dos animais, e chegou a ser compartilhado pela ativista Luisa Mell. Ela e outras pessoas entenderam que houve maus-tratos.

“Por favor, não chamem ele de protetor de animais”, escreveu a ativista. “Se você acha isso bacana, cultural. Você está no lugar errado”, completou.

Agenor Tupinambá divulgou uma nota nas redes sociais e disse que o vídeo com o porco foi gravado em 2022 e que a visão dele sobre rodeios mudou.

Influenciador ganha guarda provisória de capivara

A Justiça Federal concedeu a guarda provisória da capivara “Filó” ao influencer, após ele entregar o animal ao Ibama e tentar reverter a decisão do órgão ambiental.

Antes da decisão, uma manifestação foi realizada no domingo (30), em frente à sede do Ibama, em Manaus. Os manifestantes pediam a imediata soltura do animal, que estava em posse do órgão ambiental.

A deputada estadual Joana D’Arc (União Brasil), que acompanha o caso, chegou a invadir a sede do órgão no sábado (29), para tentar soltar a capivara à força. No entanto, foi contida por seguranças do Ibama

Após as manifestaçãoes, justiça decidiu que a guarda de “Filó” ficaria com Agenor. O juiz Márcio André Lopes Cavalcante escreveu na decisão que o influencer “vive em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali existentes”.

A decisão diz ainda: “Não é a Filó que mora na casa do Agenor. É o autor que vive na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos na Amazônia, realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades urbanas no Brasil”.

O juiz concedeu a “tutela provisória de urgência” do animal até que o caso tenha um desfecho. Ele determinou ainda que o Ibama entregasse o animal.

Em nota divulgada pelas redes sociais, o Ibama disse que a capivara vai ficar com Agenor até sua soltura em uma unidade de conservação previamente selecionada, que abriga outros indivíduos da espécie.

O órgão também repudiou o que chamou de “intimidação praticada contra seus servidores, em uma clara tentativa de deslegitimar a atuação do Instituto no cumprimento da legislação ambiental”.

O que a lei diz

O Ibama notificou o influencer com base no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). O artigo 33 destaca que é proibido “explorar ou fazer uso comercial de imagem de animal silvestre mantido irregularmente em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos”.

Segundo o Ibama, Agenor foi multado por práticas relacionadas à exploração indevida de animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais.

“Por mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais domésticos, como cães e gatos. Capivara e bicho-preguiça são animais silvestres. Criar ou manter esses animais em casa é proibido pela legislação brasileira”, disse o órgão, após a repercussão do caso.

Fonte: G1 

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