Foto: Reprodução/Instagram
Antes
de toda a saga para conseguir a guarda da capivara Filó, o influenciador Agenor
Tupinambá foi multado pela morte de uma preguiça-real que estava na guarda
dele, segundo o Ibama. O órgão ainda diz que uma série de animais silvestres
foram explorados ilegalmente na busca do influenciador por “likes” nas redes
sociais.
No
sábado (29), a Justiça Federal determinou a devolução do animal, que estava no
Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus, para o
influenciador.
O
superintendente do Ibama, Joel Araújo, disse nessa terça-feira (2) que cumpriu
corretamente o que dizia a ordem judicial, mas que mesmo assim vai recorrer da
decisão.
Segundo
o Ibama, Agenor foi autuado em mais de R$ 17 mil por quatro crimes:
–
Morte de uma preguiça-real, situação confirmada por Agenor;
– Prática de maus-tratos contra animal silvestre (preguiça real);
– Uso de espécimes da fauna silvestre sem a devida permissão de autoridade
competente (capivara e papagaio);
– Exploração da imagem de animal silvestre mantido em situação de abuso
(capivara) e irregularmente em cativeiro.
A
morte de um bicho-preguiça foi o primeiro caso que chegou ao conhecimento do
órgão ambiental. Em vídeo, divulgado na segunda-feira (1º), o analista Roberto
Cabral, fiscal do Ibama, listou oito animais silvestres que seriam criados por
Agenor.
“Não
se trata apenas de uma capivara a discussão sobre isso. Se trata de outra
capivara, que teria morrido; de duas preguiças, sendo que uma delas morreu; de
duas jiboias; de uma paca; de uma arara; dois papagaios; uma coruja; uma
aranha. Ou seja, uma série de animais que foram explorados de forma ilegal para
se conseguir likes na internet”, afirmou.
O
fiscal ainda apontou que Agenor não é ribeirinho, e sim, um fazendeiro e um
influencer, que possui milhares de seguidores . “Se trata de um influencer e
não de um ribeirinho. Ele é um fazendeiro, é um biombo herdeiro. Não é uma
pessoa hipossuficiente [sem recursos econômicos]”.
O
fato de Agenor ser estudante de agronomia também foi levado em consideração. O
local, onde o fazendeiro estuda, tem um posto do Ibama e ele poderia ter informado
que estava com os animais silvestres em sua propriedade.
O
g1 aguarda um posicionamento do influencer sobre o depoimento do fiscal do
Ibama. A reportagem também procurou o órgão ambiental para esclarecimento sobre
a fala do servidor e sanções aplicadas ao Agenor, mas o instituto apenas
respondeu com posicionamentos antigos sobre o caso.
Vídeo maltratando porco
Em
25 de abril, um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra Agenor maltratando
um porco dentro de uma arena de rodeio. Nas imagens, é possível ver que o
animal foi usado na brincadeira “pega do porco”.
No
vídeo, diversas pessoas, a maioria crianças, cercam o porco para tentar
segurá-lo. Na brincadeira, quem consegue agarrar o animar, leva um prêmio.
As
imagens mostram que o animal esperneava enquanto tentava fugir. Agenor aparece
no vídeo segurando o porco pelas patas.
O
vídeo logo ganhou as páginas de ONGs de defesa dos animais, e chegou a ser
compartilhado pela ativista Luisa Mell. Ela e outras pessoas entenderam que
houve maus-tratos.
“Por
favor, não chamem ele de protetor de animais”, escreveu a ativista. “Se você
acha isso bacana, cultural. Você está no lugar errado”, completou.
Agenor
Tupinambá divulgou uma nota nas redes sociais e disse que o vídeo com o porco
foi gravado em 2022 e que a visão dele sobre rodeios mudou.
Influenciador ganha guarda
provisória de capivara
A
Justiça Federal concedeu a guarda provisória da capivara “Filó” ao influencer,
após ele entregar o animal ao Ibama e tentar reverter a decisão do órgão
ambiental.
Antes
da decisão, uma manifestação foi realizada no domingo (30), em frente à sede do
Ibama, em Manaus. Os manifestantes pediam a imediata soltura do animal, que
estava em posse do órgão ambiental.
A
deputada estadual Joana D’Arc (União Brasil), que acompanha o caso, chegou a
invadir a sede do órgão no sábado (29), para tentar soltar a capivara à força.
No entanto, foi contida por seguranças do Ibama
Após
as manifestaçãoes, justiça decidiu que a guarda de “Filó” ficaria com Agenor. O
juiz Márcio André Lopes Cavalcante escreveu na decisão que o influencer “vive
em perfeita e respeitosa simbiose com a floresta e com os animais ali
existentes”.
A
decisão diz ainda: “Não é a Filó que mora na casa do Agenor. É o autor que vive
na floresta, como ocorre com outros milhares de ribeirinhos na Amazônia,
realidade muito difícil de ser imaginada por moradores de outras localidades
urbanas no Brasil”.
O
juiz concedeu a “tutela provisória de urgência” do animal até que o caso tenha
um desfecho. Ele determinou ainda que o Ibama entregasse o animal.
Em
nota divulgada pelas redes sociais, o Ibama disse que a capivara vai ficar com
Agenor até sua soltura em uma unidade de conservação previamente selecionada,
que abriga outros indivíduos da espécie.
O
órgão também repudiou o que chamou de “intimidação praticada contra seus
servidores, em uma clara tentativa de deslegitimar a atuação do Instituto no
cumprimento da legislação ambiental”.
O que a lei diz
O
Ibama notificou o influencer com base no Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta
a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998). O artigo 33 destaca que é
proibido “explorar ou fazer uso comercial de imagem de animal silvestre mantido
irregularmente em cativeiro ou em situação de abuso ou maus-tratos”.
Segundo
o Ibama, Agenor foi multado por práticas relacionadas à exploração indevida de
animais silvestres para a geração de conteúdo em redes sociais.
“Por
mais que algumas pessoas queiram cuidar de animais silvestres, quando os
encontram na natureza, é necessário entender que eles não são animais
domésticos, como cães e gatos. Capivara e bicho-preguiça são animais
silvestres. Criar ou manter esses animais em casa é proibido pela legislação
brasileira”, disse o órgão, após a repercussão do caso.
Fonte: G1
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