Foto: Shutterstock
Com a queda de doações ocasionada
pela pandemia da Covid-19 e o aumento de casos de abandono e de maus-tratos
contra animais, a instituição de proteção animal Lar TinTin anunciou, na
quarta-feira (8), em publicação nas redes sociais, que não tem conseguido dar
prosseguimento ao trabalho voluntário realizado há aproximadamente 12 anos pelo
abrigo: “não temos mais ajuda suficiente para manter os animais”.
Segundo a fundadora do Lar TinTin, Viviane Lima, o
local ampara, em média, 350 animais, entre cães, ovelhas e jumentos. “Nunca
pensei em desistir dos animais, eu só não tenho como trabalhar por eles sem
ajuda financeira. Não adianta ter os animais e não poder dar o que comer, os
remédios, etc. É um monte de coisa que envolve isso e a cada mês só vem piorando.
Esse mês foi o pior, sem saída”.
“Eu decidi fazer a
postagem porque é um pedido de socorro dos animais. Quem precisa, na verdade,
são eles, eu só sou a porta-voz. Eu não tenho como continuar sem ajuda. Eu fico
com eles, mas eles vão morrer de fome, vão morrer sem tratamento, sem água, sem
nada… porque tudo depende de dinheiro”
“A gente vem fazendo o quê? Se arrastando, no vermelho sempre,
jogando no cheque especial, no cartão de crédito, no boleto. Só que chegou um
ponto que não tinha mais pra onde correr. Todas as alternativas já estavam
estouradas. Ou a gente paga ou não tem como continuar”, prossegue Viviane.
Queda nas doações
De acordo com Patrick Lima, diretor operacional do Lar TinTin,
há alguns meses as doações caíram 70% na instituição. “A gente estava tirando a
maior parte do bolso, só que chegou a um ponto que não dá para tirar do bolso.
O custo do abrigo é de R$ 30 mil por mês. São 100 kg de ração por dia”.
Além disso, o diretor explica que, ao resgatar animais, não é
possível levá-los diretamente da rua ao abrigo por conta do risco em torno da
transmissão de doenças. “A gente tem que levar primeiro para a clínica, fazer
testes e tudo isso tem um custo. A pessoa acha que é só resgatar e não é”.
Fonte: Diário
do Nordeste

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