Beatriz Paoletti | Redação ANDA
Segundo o G1 PB, uma ação civil pública foi impetrada na Paraíba com o objetivo de acabar com a exploração de animais que puxam carroças na capital do Estado, João Pessoa. Segundo o documento, o trabalho imposto aos animais fere seus direitos, além de impactar negativamente o meio ambiente e os direitos da coletividade. O Ministério Público do Estado ainda menciona os efeitos danosos sobre o trânsito da cidade.
A ação objetiva
pressionar a Prefeitura de João Pessoa e o Batalhão de Policiamento Ambiental,
ambos omissos quanto a tração animal da cidade.
A solicitação foi
ajuizada no dia 3 de setembro e toma como referência um Inquérito Público Civil
de 2014, em que fora realizada apuração que concluiu que “o tratamento cruel
aos animais existe e persiste em vários bairros da cidade (João Pessoa)”. Ainda
é inquerido no documento a problemática do trabalho infantil, presente no
município.
Até o momento, não
houve resposta da procuradoria do município. A Policia Ambiental se pronunciou
após ser requerida, mas disse que ainda não fora acionada e apenas falará
quando receber alguma notificação.
A ação civil se
opõem as poucas mudanças públicas referentes a animais que puxam carroças na
cidade de João Pessoa. Há demora na criação de políticas e ações policiais
voltadas a proteção animal, o que contribui para o mantimento dos maus tratos.
Tração de carroças por animais
De acordo com o
portal jurídico de notícias e artigos sobre a esfera criminal, o Canal Ciências Criminal, a exploração de animais
como mão de obra é antiético, já que o animal não é capaz de consentir a
participação laboral e nem de se proteger de maus-tratos no trabalho.
Animais que puxam
carroça e outros veículos estão sujeitos a inúmeros maus-tratos. Eles carregam
muitas vezes pesos maiores que o próprio; trabalham longos períodos em
condições precárias, e ainda, são violentados física e emocionalmente por
humanos como forma de punição por comportamentos considerados indesejados. Eles
enfrentam frio, calor, fome, doenças, sede, dor, e portanto, é urgente que a
prática seja ativamente combatida, ao mesmo tempo que se busque veículos
substitutos.
As Cinco Liberdades
do animal proclamados pelo Farm Animal Welfare Committee (FAWC)
são violados com a tração animal. Elas são: liberdade de sede, fome e
má-nutrição; a liberdade de dor e doença; a liberdade de desconforto; a
liberdade para expressar o comportamento natural da espécie; e a liberdade de
medo e de estresse.
Alternativa à tração animal
Ainda segundo o
Canal Ciências Criminal, uma alternativa aos veículos de tração animal é o
veículo elétrico urbano para coleta seletiva, nomeado de Cavalo de Luta. Esta criação foi iniciada
em 2012 em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.
Um engenheiro de
produção se sentiu motivado a criar um transporte para catadores de materiais
recicláveis que pudesse substituir as carroças, assim acabando com a tração
animal e por sua vez, com os maus-tratos.
Fonte: anda.jor.br

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