Foto: Isac Nóbrega/PR
O
Ministério do Meio Ambiente (MMA) pode sofrer um corte de R$ 184,4 milhões no
orçamento de 2021, o que representaria uma queda de 5,8%. Expostos no Projeto
de Lei Orçamentária Anual, os valores definidos pelo governo Bolsonaro
consideram a dotação atual da pasta, de R$ 3,128 bilhões, e o previsto para o
ano que vem, R$ 2,944 bilhões.
As
despesas discricionárias – isso é, que não são obrigatórias e sobre as quais o
gestor tem liberdade para escolher onde usar os recursos – subiram de R$ 448,2
milhões para R$ 534 milhões.
O
projeto do governo foi enviado na última segunda-feira (31) ao Congresso e pode
sofrer modificações nos valores. As análises e votações sobre a lei
orçamentária devem ser feitas pelos parlamentares até o final deste ano.
Além
da proposta de redução no orçamento do MMA, a pasta havia anunciado, na última
semana, um bloqueio de R$ 60 milhões para o combate ao desmatamento. No
entanto, horas depois o ministro Ricardo Salles voltou atrás na decisão por
conta de críticas feitas pelo vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e de entidades de defesa do meio
ambiente.
Ambientalistas,
políticos e defensores dos animais, que são afetados pela destruição da
natureza, questionam o desmonte ambiental promovido por Salles e Bolsonaro
desde o início do governo.
Queimadas aumentam no
Pantanal
Enquanto
o governo planeja reduzir o orçamento do Ministério do Meio Ambiente, as
queimadas disparam no país. Entre 1º de janeiro e 13 de agosto, o Pantanal
registrou 240% de aumento nos incêndios. Os dados são do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nos
13 primeiros dias de agosto foram contabilizados mais focos de calor no bioma
do que em todo o mês de agosto de 2019: 2.578 este ano, ante 1.684 no ano
anterior – o que representa 53% de aumento.
Fonte: anda.jor.br
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