Após mais de um mês de investigações, a Polícia Civil do Distrito Federal concluiu as investigações sobre o caso da naja envolvendo o estudante de medicina veterinária Pedro Henrique dos Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos. O desfecho da apuração policial apontou que o acusado traficava animais desde 2017: ele comprava as serpentes em outros estados e revendia.
Segundo as investigações, 23 cobras estão ligadas a Pedro
Henrique, por isso, o criminoso foi indiciado 23 vezes por tráfico de
animais silvestres, 23 vezes por maus-tratos, por associação criminosa —
constatou-se que o estudante havia montado um núcleo criminoso na universidade
na qual cursava medicina veterinária. Além disso, ele responderá
por exercício ilegal da profissão, uma vez que vídeos comprovam que o jovem
realizou uma cirurgia em um estabelecimento comercial da família.
Durante esse período, a polícia colheu vídeos, fotos e
documentos que comprovaram que Pedro Henrique vendia as serpentes. “Não se
trata de um colecionador, mas de um traficante. Ele trazia as cobras de outras
viagens e há diálogos das redes sociais que o mostram negociando o comércio
desses animais. Uma dessas vendas, inclusive, foi feita no Gama, se tratava de
um filhote de uma cobra Nigritus, que custou R$ 500”, detalhou o delegado
Willian Andrade.
O inquérito foi concluído e, até o fim da semana, será entregue
à Justiça. Caso seja condenado, Pedro Henrique pode pegar até 30 anos de prisão
pelos respectivos delitos. Ele chegou a ficar preso por dois dias na
Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP) por atrapalhar as
investigações, mas teve a prisão revogada e foi liberado.
Fotos: Ed Alves
Por Darcianne Diogo
Fonte: Correio
Braziliense
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