O delegado
Matheus Laiola, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia
Civil do Paraná, revelou no domingo (24) que o Ministério Público do Paraná
(MP-PR) e o Poder Judiciário de Londrina decidiram por manter os cachorros com
o casal que promoveu o desafio da farinha com os animais. Ainda
de acordo com a decisão, a proposta de transação penal é no valor de R$ 2 mil
para cada um, podendo ser pago em até cinco parcelas.
Caso Julia
Claudenari Oguido e o marido Guto Oguido aceitam a proposta, estarão livres da
acusação criminal.
A Polícia Civil do Paraná
investigou o casal que promoveu o desafio da farinha com cachorros a partir da
divulgação das imagens. O vídeo viralizou nas redes sociais e a mulher,
responsável por protagonizar a cena compareceu a delegacia para prestar
depoimentos. Diante dos fatos e com um laudo médico veterinário, que comprova
que a ação caracteriza maus-tratos, delegados do Paraná e de São Paulo pediram
pela apreensão dos animais.
Entretanto, a defesa da empresária apresentou um
laudo veterinário após a ocorrência que avaliou que a saúde dos cachorros não
foi afetada. No documento, ainda foi destacado que o material utilizado não era
farinha, e sim talco. Mesmo assim, a denúncia foi encaminhada ao MP-PR.
Neste domingo o delegado Matheus Laiola publicou
nas redes sociais que a Justiça foi contra a busca e apreensão, portanto, os
cachorros continuarão com o casal que realizou o desafio. Além disso, foi
determinada a proposta de transação penal pelo crime. Caso aceite, Julia e Guto
terão que pagar R$ 2 mil, cada, divididos em até cinco parcelas.
Nas redes sociais, o delegado da Polícia Civil de
São Paulo, Bruno Lima, que havia entrado com pedido de busca e apreensão no
caso de Londrina, lamentou a decisão.
“País da impunidade, principalmente quando se trata
de maus-tratos aos animais. A justiça não defende os animais, mas não
desistiremos jamais”, escreveu Bruno Lima.
O caso – Desafio da farinha com
cachorros
O vídeo de uma mulher realizando o desafio da
farinha com cachorros viralizou na internet no dia 10 de maio e causou grande
revolta. Nas imagens é possível ver a mulher forçando os animais contra uma
almofada que está com um material, semelhante a farinha. Na gravação, feita
pelo marido da suspeita, é possível perceber o mal estar causado nos animais
que não estão confortáveis com a ‘brincadeira’.
Um dia após a polêmica, o delegado Matheus Laiola, da Delegacia de
Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Civil do Paraná, revelou que já
havia entrado em contato com os investigadores da cidade de Londrina para as
diligências. No mesmo dia um médico veterinário produziu um laudo que comprova
maus-tratos no vídeo e a suspeita passou a ser procurada.
No dia 12 de
maio, a arquiteta e empresária, Julia Claudenari Oguido, compareceu a sede da
Polícia Civil de Londrina, junto com um advogado, e assumiu ser a responsável
pelos atos nas gravações. A mulher disse estar bastante arrependida e
apresentou um laudo que mostra que a saúde dos cachorros não foi prejudicada.
A polícia
concluiu o inquérito e encaminhou os documentos para o Ministério Público.
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