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A vereadora de Salvador
(BA) Ana Rita Tavares reforçou a necessidade dos governantes e da sociedade
como um todo agirem em prol da proteção dos animais durante a pandemia de
coronavírus. Com a crise econômica gerada pelo vírus, os abandonos aumentaram,
as contribuições para manutenção de ONGs diminuíram, as adoções caíram e a
fome, a sede e o sofrimento dos animais cresceram.
Advogada e ativista
pelos direitos animais, Ana Rita posicionou-se sobre o caso na tentativa de
somar forças em prol da causa animal.
“A pandemia do novo
coronavírus impõe ao Poder Público e à coletividade a adoção de medidas
enérgicas e urgentes de amparo a trabalhadores, àqueles que perderam o emprego,
famílias, população em situação de vulnerabilidade socioeconômica, empresas e,
inclusive, aos animais que vivem nas ruas, sob a guarda de pessoas carentes ou
de organizações não governamentais”, escreveu.
Com os comércios
fechados, muitos animais
ficaram sem alimentação, já que recebiam comida ofertada por
comerciantes e clientes dos estabelecimentos, que agora não conseguem mais
ajudá-los.
“Conclamo as autoridades
e a sociedade a encarar, como um dos desafios que devem ser superados com
celeridade e empenho, a dura realidade vivenciada por milhares de caninos e
felinos, que, com a restrição da circulação de pessoas, das atividades
comerciais e redução do poder aquisitivo da população, padecem vítimas do
abandono e da fome”, lembrou a vereadora.
“No cenário de crise
econômica, sem contar com a fonte de renda habitual e com as doações que
costumavam arrecadar, são muitas as pessoas que não conseguem mais alimentar os
animais que estão sob a sua guarda, os não domiciliados que vivem na vizinhança
ou aqueles abrigados pelas entidades não governamentais”, completou.
Apesar das dificuldades
enfrentadas pelas famílias, abandonar animais não deve ser visto como uma
possibilidade, e quem for flagrado realizando tal ato poderá ser punido por
praticar um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais, que prevê multa e
detenção de até um ano aos criminosos.
“A suspensão do
funcionamento de restaurantes e estabelecimentos similares agravou ainda mais a
situação, pois são locais onde caninos e felinos costumam se alimentar com
sobras de comida”, reforçou a parlamentar.
Ana Rita lembrou ainda
que tratar os animais com descaso, permitindo que eles sofram e padeçam nas
ruas, não é apenas cruel, mas também preocupante, já que pode impactar não só a
saúde do próprio animal, como o bem-estar da população.
“Evidentemente, proteger
os caninos e felinos que se encontram em situação de vulnerabilidade tem
impacto direto sobre a saúde e o bem-estar da população. Privados de
alimentação regular e de assistência adequada, os animais sofrem de desnutrição,
o que, consequentemente, enfraquece as defesas do organismo contra a ação de
bactérias, vírus ou fungos que provocam doenças transmissíveis a outros animais
ou aos seres humanos”, explicou.
A senciência, que
garante aos animais a capacidade de sentir e sofrer, também foi citada pela
ativista. “Ademais, é imperativo zelar pela vida dos animais porque são seres
sencientes, capazes, assim como os humanos, com diferenças de grau, de ter
percepções conscientes da realidade em que estão envolvidos, de experimentar
sensações de dor, angústia, solidão, alegria, e têm direito a uma vida digna e
livre de sofrimento, pois são amparados pela Constituição Federal, art. 225,
que incumbe ao Poder Público e à coletividade o dever de protegê-los”,
reforçou.
Ana Rita deixou claro
que, em meio à crise do coronavírus, não se pode deixar ninguém para trás.
Vidas humanas devem ser cuidadas, mas não só. Os animais também precisam ser
amparados.
“É preciso amparar todas
e todos impactados com a crise social, econômica e de saúde provocada pela
pandemia do novo coronavírus. E os animais também estão vulneráveis. As
autoridades devem agir prontamente, cumprir o seu dever legal, a fim de
assegurar a oferta de ração e assistência continuada a caninos e felinos que
enfrentam a fome, sofrem, padecem vítimas de doenças diversas, o que também
representa risco à saúde pública, à coletividade”, afirmou a vereadora.
“Como ativista que, há
mais de vinte anos, enfrenta as dificuldades vivenciadas pelos animais, suplico
por solidariedade, empatia e união. Mais do que nunca, é o momento de cada um
dar um pouco de si, fortalecendo a corrente de cidadania e compaixão para
livrar do sofrimento milhares de seres indefesos”, concluiu.
Fonte: anda.jor.br
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