Por
David Arioch
Este mês, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte
(CE) do Senado aprovou um projeto de lei de autoria do deputado federal Afonso
Hamm (PP-RS), que reconhece a competição “Freio de Ouro” como manifestação
cultural.
(Foto:
Leandro Vieira/ABCCC)
Na competição, o cavalo
da raça crioula é submetido a avaliação racial antes de analisarem seu
desempenho em atividades derivadas do trabalho no campo. Uma das provas,
conhecida como paleteada, consiste em soltar um novilho que é perseguido por
dois homens a cavalo que prensam o animal. Ou seja, ele fica entre as “paletas”
dos equinos.
Na competição, os
animais mais submissos aos cavaleiros, e que acatam a todos os comandos em
tempo considerado hábil, costumam ser os grandes vencedores. Em outra prova, a
esbarrada, o ginete acelera o cavalo por 20 metros e o obriga a realizar uma
freada brusca.
A prática é realizada há
mais de 40 anos em Esteio, no Rio Grande do Sul. O deputado Afonso Hamm
argumenta na matéria do projeto de lei que “a competição comprova as
habilidades do cavalo e do cavaleiro, reproduzindo nas pistas o trabalho do
cotidiano no campo, além de servir como principal indicador de aperfeiçoamento
e seleção da raça crioula”.
Na Comissão de Educação,
Cultura e Esporte (CE), o senador e relator Lasier Martins (Podemos-RS) emitiu
parecer favorável à proposta. “A proposição é meritória, à medida que reconhece
como manifestação da cultura nacional a tradicional competição Freio de Ouro,
enaltece a cultura gaúcha e celebra uma raça equina tão importante para o
Brasil: o cavalo crioulo.”
No Brasil, segundo a
Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos, há mais de 400 mil
cavalos da raça explorados como ferramenta de trabalho, de esporte e montaria.
Agora o PL 5644/2019 será analisado no Plenário do Senado.
Fonte: anda.jor.br
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