Protetoras
independentes, escoltadas pela Polícia Militar, resgataram duas cachorras que
viveram cerca de dois meses confinadas, dentro de caixas de madeira, no Jardim
São Pedro, em Campinas. O caso é recorrente, porque
a mulher que as confinou já havia confinado – por 3 anos – um outro cachorrinho
cego dentro de um outro caixote.
Uma das
cachorrinha ganhou o nome de Maya, e, a outra, de Duda. Maya está sendo operada
em caráter de urgência, para retirada de
fetos mumificados dentro do útero. Os filhotes mortos foram detectados por um
ultrassom.
“Ela teve
uma gestação, mas esses filhotes não resistiram. Isso começou a produzir
infecção, que gerou muco (que estava sendo expelido pela vagina) e gás. Ela tem
uma associação de fetos mortos dentro (do abdômen) com piometra (infecção
uterina). E, infelizmente, há riscos nessa cirurgia, mas o quanto antes a gente
operar, melhor. Outra alteração apontada pelo ultrassom foi aumento do baço,
que pode ter sido causado por parasitose, toxemia (entre outros fatores)”,
afirma a veterinária Ingrid Silverio, da Clínica S.o.S MerkVet.
Já Duda está
em observação.
“Além
de resgatarmos cães de rua, temos que ficar atentas aos animais que são
negligenciados dentro das casas. Há 3 anos, eu retirei o Bob dentro de um
caixote, nas mesmas condições da Maya e da Duda, dessa mesma mulher. E ela não
queria nos entregar as cachorras. Precisamos de escolta da polícia pra poder
fazer o resgate. E isso como se já não tivéssemos problemas suficientes”,
declara a protetora Marynes Silva, do Abrigo Adorável Vira-Lata, Proteção e
Amor.
Marynes
resgatou as cachorrinhas com o auxílio da protetora independente Ana Iara Lima.
“Depois que
foi resgatado, há 3 anos, Bob viveu um ano, antes de morrer. Já estava
velhinho, mas pelo menos morreu com dignidade, livre, sendo muito amado”,
acrescenta Marynes.
A protetora
é aposentada e sustenta o abrigo com recursos próprios. Precisa constantemente
de ração, medicamentos, vermífugos, antipulgas, carrapaticidas e ajuda
financeira para arcar com procedimentos veterinários.
Hoje, o
abrigo está com 40 cães, todos disponíveis para adoção. Só de ração, precisa de
pelo menos 200 quilos por mês o equivalente a no mínimo R$ 900,00.
Caso
sobreviva à cirurgia, Maya ainda não tem previsão de alta. A conta na clínica
está por volta dos R$ 1.400,00. “Toda ajuda é bem-vinda”, afirma a aposentada.
Quem quiser
ajudar, deve contatá-la pelo WhatsApp: (19) 9-9270-5779.
Resgate foi
feito com escolta da PM. (Fotos: Cedida)
Por Raquel Valli
Fonte: A Cidade ON
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