Por
Mariana
-
Fotos: Ariane Flores/TV TEM - Reprodução/Facebook
Paula Roberta Sacchi, proprietária da chácara,
afirmou que abomina a prática de rinhas e que não fazia parte do esquema que
explorava cães para forçá-los a brigar
A ex-modelo e empresária Paula Roberta Sacchi,
proprietária da chácara onde 33 pit bulls foram resgatados, em Itu (SP), nega
que os cachorros sofriam maus-tratos e afirma que os visitava constantemente.
Ela tinha depoimento marcado na quinta-feira (19), mas passou mal e não
compareceu à delegacia.
Paula afirmou à TV TEM que alugou a chácara para um
peruano que é seu amigo há anos. “Eu trouxe meus cachorros de São Paulo e
ele trouxe os dele. Então, ele morava na chácara e ficava com os cachorros. Dos
33, 14 eram meus”, conta.
“Nós fazíamos um rodízio. Eu sempre ia para chácara
e trazia um ou dois dos cachorros para ficar comigo aqui em casa. Isso porque
nós ainda estávamos construindo os espaços para eles ficarem lá, os pequenos
canis”, explica.
Ela disse que é contra rinhas e que ficou chocada
ao saber da prisão do amigo. “Parecia uma bomba. Parecia que tinha caído
uma bomba atômica. Eu não podia acreditar naquilo. Eu abomino esse tipo de
prática”, ressalta.
Ela afirma que desconhece o paradeiro do peruano,
que foi liberado pela Justiça após audiência de custódia. “Se antes nós
tínhamos uma longa amizade, hoje o que nós temos é nada. Se ele participou da
rinha ou não, eu não quero mais saber. Eu não aceito esse tipo de coisa”,
afirma.
Na chácara foram encontrados anabolizantes,
medicamentos e uma piscina e uma esteira para treinar os cães. A esteira,
segundo Paula, foi recomendada por um veterinário para tratar um cão com
sobrepeso.
“A esteira nós compramos e usamos uma vez. Depois
disso, não mais. Já os anabolizantes eu desconheço. Nunca apliquei
anabolizantes nos meus animais e, como eu não morava na casa da chácara, não
sabia o que ele mantinha lá dentro”, explica.
Os cães eram mantidos acorrentados em espaços
separados. Eles foram encontrados magros, doentes e com fome. Além disso,
algumas casinhas estavam vazias, o que levantou a suspeita de que os animais
estavam sendo retirados do local.
“Eu não gosto de acorrentar animais. Mas, era
preciso porque os canis que estávamos construindo não tinham ficado prontos.
Aquilo que acharam que era um ringue, era na verdade um canil em construção”,
afirma Paula.
Os policiais que participaram da operação afirmam
que não há dúvidas de que os cães sofriam maus-tratos e eram explorados em
rinhas, segundo o investigador Bruno Ceccolini.
“Observamos que havia animais trancafiados no
fundo, muito doentes, animais com cicatrizes recentes, que são sinais de que
eles haviam brigado. Observamos uma estrutura de alvenaria, que é uma rinha”,
explica.
Fonte: anda.jor.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário