Foto: Vlademir Valério
Fotos
e vídeos mostrando um búfalo amarrado por uma corda curta em uma árvore,
exposto ao sol durante todo o dia e explorado para entretenimento por um
restaurante no interior de São Paulo, localizado em Piracicaba, foram enviados
à redação da ANDA.
O
material foi registrado por Vlademir Valério, oficial de justiça, que passava
pelo local e se comoveu com a situação do animal, exposto de uma forma cruel,
preso, sem poder se movimentar ou se abrigar do sol escaldante. O búfalo tinha
ainda uma argola afixada em seu nariz por onde era puxado.
Vladimir registrou sua
indignação em depoimento exclusivo para a ANDA: “Estávamos no Angatú e ficamos
revoltados em ver o touro sendo tratado daquela forma. Ele estava muito
ofegante, chamou nossa atenção. Havia um rapaz que o conduzia através de uma
corda amarrada numa argola em seu focinho. Em cima dele havia uma criança. O
touro não aguentou e deitou de tanto cansaço. O pai precisou segurar a criança
as pressas para ela não cair”.
O
oficial de justiça conta ainda que o rapaz que puxava o touro, funcionário do
local disse: “Ele não aguenta mais de tão cansado. Muito triste isso.”
Segundo
o ele, o restaurante cobra um valor para transportar as crianças: “O
restaurante estava lotado e tinha até fila de pessoas por ser Dia dos Pais. Eu
acho um crime o que fazem com o animal”, conclui ele.
O
animal pode ser visto deitado no chão, visivelmente abatido, em contraste com
os frequentadores do restaurante chamado Angatu, que se divertem no local,
ignorando o sofrimento do búfalo enquanto andam em charretes puxadas por
burrinhos ou tiram fotos ao lado de cabras, também explorados por turismo pelo
estabelecimento.
Posts
contendo imagens dos animais explorados foram divulgadas no Facebook, onde
causaram revolta e indignação. O restaurante recebeu diversas críticas dos
usuários da rede social.
Um dos
comentários chamava o restaurante de “palco da barbárie”, enquanto outro
incentivava as pessoas a boicotarem o local por crueldade contra os animais e
um terceiro divulgou o endereço da página do Angatu pedindo a todos que
registrassem seu protesto lá.
Ativistas
locais já tomaram medidas legais para que o estabelecimento seja multado com
base no artigo 32 e os animais sejam resgatados e enviados a um santuário.
Seres
sencientes
Animais
são capazes de sentir, amar, criar vínculos, sofrer e compreender o mundo ao
seu redor. A senciência animal foi atestada e comprovada por especialistas de
diversas áreas do conhecimento pela Declaração de Cambridge em 2012.
Vistos
de forma ignorante como seres inferiores pela sociedade e por isso submetidos à
vontade humana, esses seres indefesos tem sido vítimas silenciosas dos mais
cruéis abusos.
Seja
pela indústria do turismo que acorrenta animais como elefantes e os espanca até
reduzi-los a escravos sem vontade, pela indústria alimentícia que abusa de
vacas, porcos, bois, galinhas e tantos outros, para comercializar sua carne,
leite, ovos, pele e demais produtos feitos com base em sua exploração.
Seja
ainda por entretenimento, prendendo animais selvagens em cativeiros pela vida
inteira, nos aquários ou nos zoológicos, onde eles padecem lentamente, atrás de
grades que os privam da liberdade, desenvolvendo doenças comportais em função
do sofrimento mental a que são submetidos.
O ser
humano permanece colocando-se acima dos animais e tratando seus companheiros de
planeta como objetos inanimados, produtos a serem comercializados, ou fantoches
para entreter visitantes entediados.
O ser
humano permanece colocando-se acima dos animais e tratando seus companheiros de
planeta como objetos inanimados, produtos a serem comercializados, ou fantoches
para entreter visitantes entediados.
Fonte da.jor.br: an
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