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sexta-feira, 23 de agosto de 2019

Restaurante explora animais para entretenimento no interior de São Paulo


Foto: Vlademir Valério
Fotos e vídeos mostrando um búfalo amarrado por uma corda curta em uma árvore, exposto ao sol durante todo o dia e explorado para entretenimento por um restaurante no interior de São Paulo, localizado em Piracicaba, foram enviados à redação da ANDA.
O material foi registrado por Vlademir Valério, oficial de justiça, que passava pelo local e se comoveu com a situação do animal, exposto de uma forma cruel, preso, sem poder se movimentar ou se abrigar do sol escaldante. O búfalo tinha ainda uma argola afixada em seu nariz por onde era puxado.
Vladimir registrou sua indignação em depoimento exclusivo para a ANDA: “Estávamos no Angatú e ficamos revoltados em ver o touro sendo tratado daquela forma. Ele estava muito ofegante, chamou nossa atenção. Havia um rapaz que o conduzia através de uma corda amarrada numa argola em seu focinho. Em cima dele havia uma criança. O touro não aguentou e deitou de tanto cansaço. O pai precisou segurar a criança as pressas para ela não cair”.
O oficial de justiça conta ainda que o rapaz que puxava o touro, funcionário do local disse: “Ele não aguenta mais de tão cansado. Muito triste isso.”
Segundo o ele, o restaurante cobra um valor para transportar as crianças: “O restaurante estava lotado e tinha até fila de pessoas por ser Dia dos Pais. Eu acho um crime o que fazem com o animal”, conclui ele.
O animal pode ser visto deitado no chão, visivelmente abatido, em contraste com os frequentadores do restaurante chamado Angatu, que se divertem no local, ignorando o sofrimento do búfalo enquanto andam em charretes puxadas por burrinhos ou tiram fotos ao lado de cabras, também explorados por turismo pelo estabelecimento.
Posts contendo imagens dos animais explorados foram divulgadas no Facebook, onde causaram revolta e indignação. O restaurante recebeu diversas críticas dos usuários da rede social.
Um dos comentários chamava o restaurante de “palco da barbárie”, enquanto outro incentivava as pessoas a boicotarem o local por crueldade contra os animais e um terceiro divulgou o endereço da página do Angatu pedindo a todos que registrassem seu protesto lá.
Ativistas locais já tomaram medidas legais para que o estabelecimento seja multado com base no artigo 32 e os animais sejam resgatados e enviados a um santuário.
Seres sencientes
Animais são capazes de sentir, amar, criar vínculos, sofrer e compreender o mundo ao seu redor. A senciência animal foi atestada e comprovada por especialistas de diversas áreas do conhecimento pela Declaração de Cambridge em 2012.
Vistos de forma ignorante como seres inferiores pela sociedade e por isso submetidos à vontade humana, esses seres indefesos tem sido vítimas silenciosas dos mais cruéis abusos.
Seja pela indústria do turismo que acorrenta animais como elefantes e os espanca até reduzi-los a escravos sem vontade, pela indústria alimentícia que abusa de vacas, porcos, bois, galinhas e tantos outros, para comercializar sua carne, leite, ovos, pele e demais produtos feitos com base em sua exploração.
Seja ainda por entretenimento, prendendo animais selvagens em cativeiros pela vida inteira, nos aquários ou nos zoológicos, onde eles padecem lentamente, atrás de grades que os privam da liberdade, desenvolvendo doenças comportais em função do sofrimento mental a que são submetidos.
O ser humano permanece colocando-se acima dos animais e tratando seus companheiros de planeta como objetos inanimados, produtos a serem comercializados, ou fantoches para entreter visitantes entediados.
O ser humano permanece colocando-se acima dos animais e tratando seus companheiros de planeta como objetos inanimados, produtos a serem comercializados, ou fantoches para entreter visitantes entediados.
Fonte da.jor.br: an
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