O destino de uma cadela mudou depois
que ela buscou abrigo na base do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na QNG, em Taguatinga Norte.
Formosa, como foi apelidada pela equipe do local, teve idade estimada em 6 anos
pelo médico veterinário que a analisou. Na mesma consulta, veio o diagnóstico
de um tumor de 3kg na mama.
Foto: Divulgação | SAMU
A equipe da unidade se mobilizou para
cuidar do animal e, na última sexta-feira (18), a cadela foi operada. Da
cirurgia, seguiu direto para a casa da médica socorrista Gabriela Botar, 32
anos.
A cadela de pelo cor de mel e focinho
preto chamou a atenção quando chegou com outros dois cachorros ao
estacionamento da base da unidade. Não porque parecia perdida ou algo assim.
Mas porque o tumor que ela carregava era tão grande que quase chegava a
arrastar pelo chão. Ali, se juntou a outros animais
que ficam pelo espaço, onde recebem comida, água e carinho de vigilantes e
servidores do Samu.
A condição delicada de saúde fez
Daniel Lúcio Diniz, 43, Ronaldo Macário dos Santos, 39, e Gabriela irem atrás
de uma solução. “Nós olhamos para ela e pensamos: ‘E agora, o que vamos fazer?’
E nos mobilizamos. A princípio, começamos com consultas em veterinários
particulares, mas os orçamentos eram altos. Mesmo assim, não desistimos”, conta
a médica Gabriela Botar.
Com os dias passando, a angústia
aumentava, como relata o condutor de ambulância Daniel. “Ela andava com
dificuldade mesmo, porque o tumor era muito pesado. Isso nos deixava aflitos”,
diz.
O trio conseguiu agendar a cirurgia
de Formosa no Hospital
Veterinário Público do Distrito Federal (Hvep), também em Taguatinga Norte.
“Só tivemos um susto durante a cirurgia, porque ela teve uma parada
respiratória. Precisou ser reanimada e, graças a Deus, ela ficou boa de novo”,
relata Gabriela.
O trio ganhou uma lista com cinco
medicações, orçadas em R$ 390. Mas o valor não ficou pesado. “Quem trabalha na
base nos ajudou desde o começo cuidando da Formosa. Então, quando recebemos o
valor dos remédios, muitos participaram da vaquinha”, explica Daniel.
No fim da tarde de sexta, Formosa
recebeu alta, porque não há internação no Hvep. “Decidi levá-la para casa, onde
ela poderá ser cuidada e terá uma boa recuperação. Não tinha como deixá-la no
estacionamento da base, pois, com a rotina de trabalho, não teríamos tempo.
Também não seria um local confortável”, afirma.
Carinho diário
Os cuidados do pós-operatório são
rigorosos: medicação nas horas certas e limpeza diária dos pontos da cirurgia.
Formosa precisa usar a roupinha cirúrgica, que a impedirá de entrar em contato
com a ferida.
O retorno da cadelinha ao veterinário está marcado para o próximo dia 29.
Já pela noite, a cadelinha ainda
estava meio cansada. Mas, de jejum desde cedo para a cirurgia, não deixou de
comer. “Ela ainda está meio mole, porque foi um procedimento muito pesado. Mas
o que queremos, agora, é que ela fique bem”, frisa Gabriela.
Após a recuperação completa e a
retirada dos pontos, o destino de Formosa está incerto. “Ela ficará aqui em
casa durante este período, mas, como há outros cachorros, não sei se
conseguimos ficar com a Formosa. Mas ela não ficará desamparada. Arrumaremos um
novo dono na base ou então a colocaremos para adoção”, garante.
Fonte: Diário
de Pernambuco
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