Por Julia Cortezia,
ANDA
No Egito, cães desabrigados estão
sendo mortos pelo governo em meio à temores de uma crise de saúde pública.
Ativistas em defesa dos direitos animais estão criticando as ações do país.
Relatos afirmam que alguns cães são
envenenados e jogados nos rios. Outros são mortos a tiros e deixados para
apodrecer em poças de seu próprio sangue.
Segundo dados do governo, há cerca de
22 milhões de cães desabrigados no país. Nos últimos cinco anos, um número cada
vez maior de pessoas estão morrendo pelo contato com doenças desses animais. No
ano passado, 65 pessoas foram mortas.
Nesse plano do governo, que mata
cerca de 80 cachorros por semana, animais são mortos por veteranos do Estado
que colocam veneno em alimentos e os servem aos cães.
Os ministros admitiram, no entanto,
que, às vezes, os cães são mortos a tiros pelas autoridades locais. Ativistas
dizem que os cães raramente morrem em um único tiro e são espancados em seus
momentos finais.
De acordo com o governo, seus corpos
são transportados para fora das cidades para um enterro seguro. Entretanto,
fotos de corpos em lagos e em estradas têm sido denunciadas por ativistas.
Muitos apoiam as medidas e um
ministro até sugeriu tornar a política
lucrativa vendendo a carne de cachorro para a Coréia para consumo.
Em resposta, ativistas se mobilizaram
contra a ação do governo. Imagens e vídeos de cães deixados para morrer nas
ruas estão sendo publicadas por eles, muitas vezes compartilhados milhares de
vezes.
Enquanto alguns grupos dizem que os cães
são pacíficos e amigáveis e dizem que não deve haver uma política para matar
animais abandonados, outros reconhecem a necessidade de controlar a população
com uma política “mais humana”.
Um grupo chamado Iniciativa TNR
(Armadilha, Neutro e Liberação) fez campanha por uma mudança na política de
matar para simplesmente castrar os cães para que eles não possam se reproduzir.
Fotos de corpos largados em lagos e estradas foram denunciadas pelos
ativistas (Fotos: Daily Mail Online)
Em 2007, o governo estabeleceu uma
“fatwa”, decisão judicial islâmica, que permitiu a morte de cães nocivos.
Entretanto, a recente declaração do governo enfatizando que o número
crescente de mortes por doenças dos animais sugere que o sacrifício está prestes
a se intensificar.
Fonte: anda.jor.br
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