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sábado, 21 de julho de 2018

Empresário compra casinhas de cachorro para abrigar animais abandonados



Fernando Gomes / Agencia RBS
Todas as noites, o empresário Arlindo Paludo, 71 anos, alimenta os cinco cachorros abandonados que perambulam pela Avenida Severo Dullius, na zona norte de Porto Alegre. Com a chegada do inverno, eles passaram a se abrigar embaixo da marquise da empresa que Paludo administra.
Por isso, ele decidiu comprar uma casinha de madeira para cada um dos cuscos, que, desde quinta-feira (12), têm um lugar quentinho e aconchegante para passar a noite.
Os abrigos custaram R$ 800 ao todo e foram colocados lado a lado na rótula da avenida, onde os animais costumam brincar durante o dia. Além de terem um lugar novo para morar, eles continuam perto da firma de Paludo, que se tornou uma espécie de “padrinho” dos cãezinhos.

Fernando Gomes / Agencia RBS
“Eu via eles pelo prédio pedindo água e ração, então, decidi encomendar umas casinhas. Eles são uns queridos. Tá chovendo cachorro abandonado na cidade. Se continuar assim, vou ter que colocar mais algumas casinhas por aqui”, diz o cachorreiro, que também é “pai” de dois lhasa apsos: a Cacau e o Gordo.
Paludo não faz ideia de quem são os tutores dos cães, que vagam pela região há alguns meses. O palpite é que eles tenham sido abandonados durante a remoção das famílias da Vila Dique para as obras de ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho – entre 2009 e 2012, 922 famílias foram transferidas para uma nova comunidade próximo ao Porto Seco, chamada de Porto Novo.
A solidariedade aos animais faz parte do dia a dia do empresário desde a juventude. No porta-malas do carro, sempre há um pacote de ração para distribuir comida aos cachorros encontrados pelas ruas. Todos os meses, ele também ajuda o Cãodomínio do aposentado Paulo Roberto Giglio, 65 anos, mais conhecido como Paulinho da Filler, que abriga 141 cães em Capão da Canoa.
“Seu Paludo é fantástico. Há uns bons anos, ele parou do nada aqui e me deu um dinheiro pra ajudar a manter o sítio. Só eu sei o tamanho do coração dele, virou meu anjo da guarda”, diz Paulinho.

Fernando Gomes / Agencia RBS
“Ajudar quem não tem condições faz parte do DNA do ser humano. Se cada um fizesse a sua parte, o mundo ficaria tão mais fácil. O que vale é ficar de bem com a vida”, acredita Paludo.
Fonte: Gaúcha ZH


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