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terça-feira, 20 de junho de 2017

Ufam pode ser responsabilizada por maus-tratos a animais no campus no AM

Por Sophia Portes, ANDA

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) pode ser responsabilizada pelo crime de maus-tratos, caso fique comprovado que houve envolvimento da instituição nos crimes cometidos contra animais dentro do campus universitário.
 Segundo o delegado, as investigações do caso da cadela Pretinha, assassinada na semana passada após ser agredida com uma chave inglesa por um funcionário que prestava serviço na instituição, estão avançadas e os envolvidos já foram identificados. “Primeiramente estão sendo ouvidas as testemunhas do caso e posteriormente os agressores serão acionados para comparecer na unidade policial”, disse.
Na segunda-feira (19), membros da Comissão Especial de Defesa dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM), da ONG ComPaixão e alunos da universidade movimentaram uma protesto para chamar atenção, pedir justiça e demandar o fim dos casos de agressões de animais dentro do campus.
Segundo a estudante de mestrado da Ufam, Izaura Nogueira, 28 anos, os crimes de maus-tratos contra animais são frequentes na universidade, mas até agora nada foi feito para garantir direitos a esses animais. “Não aguentamos mais. O que aconteceu com a ‘Pretinha’ foi muita maldade. Queremos que a Ufam tome providências. Por isso organizamos essa manifestação para chamar a atenção de toda a comunidade acadêmica que maus-tratos de animais e abandono são crimes”, critica.
No último sábado (17), houve duas novas denúncias de maus-tratos a cães dentro da Ufam. Um dos cães foi envenenado por uma substância tóxica e o outro teve uma das patas fraturadas. O cãozinho vítima de envenenamento é chamado carinhosamente de Cachaça pelo alunos da instituição. Ele segue internado em estado grave em uma clínica veterinário, no bairro de Adrianópolis. Os alunos criaram uma campanha virtual para conseguir custear o tratamento do cãozinho.
Posição da Ufam
Diante do surgimento de diversos casos de maus-tratos sendo registrados, além da insatisfação do corpo estudantil, a administração da universidade informou, em nota, que condena veemente qualquer violência contra animais. “A universidade está apurando os dois casos recentemente ocorridos e está adotando as providências cabíveis em relação a ambos”, afirmou.
Além disso, a instituição pediu o apoio dos alunos para registrar os casos de abandono e maus-tratos no campus da universidade, para que tais crimes possam ser punidos, além de garantir o bem-estar dos animais que lá vivem.
A presidente da Comissão Especial de Proteção Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Amazonas (Cepa/OAB-AM), Ana Lúcia Nogueira, afirmou que vai protocolar um ofício junto à universidade pedindo que haja uma reunião com a diretoria e a prefeitura do campus. “Queremos saber qual é o posicionamento da Ufam sobre essas denúncias para poder tomar as providências”, diz.
Ainda nesta semana, a comissão da OAB estará no antigo Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) recebendo provas e relatos de maus-tratos contra animais que ocorreram dentro da Ufam. Ana Lúcia, advogada, pede que todos os alunos que tenham prints, fotos e filmagens, levem esses materiais para servirem como provas das agressões, o que irá ajudar a formalizar as denúncias e fazer uma representação junto ao Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM), contra a Ufam.
Abandonos no campus
Cerca de dez cães estão em situação de abandono dentro do campus da Ufam. A estudante Izaura Nogueira afirma que a instituição não possui a estrutura adequada para cuidar desses animais, que, segundo ela, dependendo dos esforço dos alunos para sobreviver, inclusive na compra de alimentos.

Fonte: anda.jor.br ( foto: A Critica ) 

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