Testes realizados em um galgo chamado
Flying Tidalwave encontraram cocaína no sistema do cão explorado na pista de
corrida Derby Lane, em St. Petersburg, na Flórida (EUA).
Uma semana mais tarde, um galgo
chamado P Kay Sweetmissy também foi descoberto com cocaína na mesma instalação.
Poucos dias depois, mais três galgos
– Kiowa Wellington, Flying Microsoft e Roc A By Sevenup – tiveram exames
confirmando a presença da mesma droga em seus sistemas e o mesmo ocorreu
novamente com Flying Tidalwave.
As estatísticas são chocantes: desde
2008, 46 cães testaram positivo para a cocaína na indústria de corridas de
galgos da Flórida.
Todos os cinco cães com cocaína em
seus sistemas em Derby Lane eram explorados por Malcolm McAllister, que
treinava galgos para corridas desde 1980.
Ele forçava dos cães a correr em
Derby Lane há 12 anos e conquistou mais de US$ 900 mil em prêmios em dinheiro.
Um executivo da pista referiu-se a McAllister como um “patriarca maravilhoso da
indústria”.
Felizmente, Lane nunca mais lucrará
às custas de cães drogados. Sua licença foi revogada permanentemente no mês
passado e ele renunciou a uma audiência.
No entanto, em uma declaração
escrita, McCallister alegou que não estava pessoalmente envolvido no
oferecimento de cocaína aos cães. Ele culpou quatro assistentes que o ajudavam
enquanto trabalhava no processo de contratação de um novo treinador.
Nunca tantos cães de uma pista
testaram positivo para cocaína no curto prazo de 17 dias, de acordo com Carey
Theil, diretor executivo da organização sem fins lucrativos Greyhound Protection
GREY2K EUA.
“Não tenho certeza do que é pior, que
estas foram tentativas de melhorar as corridas ou que os indivíduos que são
responsáveis pelos cães têm usado cocaína”, disse Theil ao Tampa Bay Times.
“Ambos são cenários muito graves e
trazem sérias questões sobre a proteção e integridade dos cães das corridas em
Derby Lane”, adicionou.
Theil elogiou a decisão da Divisão de
Corridas Pari-Mutuel de revogar a licença de McCallister, mas acredita que são
necessárias investigações para descobrir como a cocaína entra nos sistemas dos
cães, informou o Care2.
Como a corrida de galgos é um esporte
excessivamente cruel, ela foi proibida na maior parte dos Estados Unidos. Há
atualmente 19 trilhas ativas de corridas no país, sendo que 12 estão
localizadas na Flórida.
Uma lei estadual bastante ridícula
exige que todos os casinos da Flórida tenham uma licença de corrida de galgos;
caso contrário, não podem realizar quaisquer atividades relacionadas a jogos.
Infelizmente, um projeto de lei que
teria “desacoplado” cassinos de corridas de galgos não foi aprovado após
legisladores estaduais não chegarem a um consenso.
De acordo com registros do estado da
Flórida divulgados em 2014, um galgo usado em corridas morre a cada três dias
no estado. Coincidentemente, Derby Lane passou a ser uma das pistas com mais
mortes. Já passou da hora de acabar com este horror, especialmente com o
elevado abuso ainda mais exacerbado pelas drogas.
Fonte: anda.jor.br (Foto: Kalle
Gustafsson)
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