Muitos vulcões estão associados à
religião ou a rituais. Não é difícil entender o motivo: eles são uma fonte de
vida com suas férteis encostas e de extermínio com suas brasas impetuosas.
Há mais de um milênio, o Monte Fuji
do Japão é considerado sagrado e, embora hoje tenha perdido parte de sua
reverência, as pessoas no país ainda o “respeitam”, assim como a beleza de sua
cobertura de neve.
Porém, o vulcão Monte Bromo,
localizado na Indonésia, ainda é adorado e temido por muitas pessoas. É um
vulcão Somma, o que significa que possui um vulcão menor que vem à superfície.
Ele é certamente uma vista para
contemplar, mas os povos locais de Tenggerese o enxergam de maneira diferente.
Todos os anos, a população de cerca
de 100 mil pessoas, espalhadas por 30 aldeias ao redor do vulcão, nomeia alguns
de seus clãs para escalar a cratera vulcânica ativa do Monte Bromo durante o
mês do festival hindu de Yadnya Kasada.
Para “contentar” a montanha, eles
jogam todos os tipos de coisas no fogo, incluindo frutas e legumes, dinheiro e,
infelizmente, até mesmo animais no 14º dia das celebrações, conforme
mostra a reportagem da Forbes
Cabras e ovelhas são impiedosamente
jogadas na lava, como se suas vidas não tivessem valor algum.
As pessoas acreditam equivocadamente que jogar os animais e muitos objetos valiosos asseguram uma boa colheita, boa saúde e talvez mais alguns anos sem erupção.
As pessoas acreditam equivocadamente que jogar os animais e muitos objetos valiosos asseguram uma boa colheita, boa saúde e talvez mais alguns anos sem erupção.
Embora lançar qualquer coisa em vulcões
possa ter uma série de efeitos, os cientistas duvidam que tais rituais
apaziguem um vulcão ativo. Se a vulcanologia nos ensinou algo – e é certo que
nos ensinou muito – é que a natureza não se importa com o que fazemos a esse
respeito.
O Monte Bromo entrará em erupção
quando for o momento correto e é lamentável que, mais uma vez, os animais sejam
vítimas da ignorância e falta de compaixão da humanidade.
Nem todas as pessoas da região
acreditam nisso. Muitas vezes, moradores de outras aldeias comparecem ao
festival para conseguir algum dinheiro e objetos de valor.
Fonte:
anda.jor.br ( Fotos: Ulet Ifansasti/Getty Images )
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