O sacrifício de animais é a principal
atração de um festival celebrado no Paquistão, conhecido como “Eidul-Adha”,
expressão em árabe que significa “Festa do Sacrifício”. Segundo a tradição, o
festival consiste na comemoração do comando dado por Alá para “Hazrat Ibrahim”
(profeta Abraão) para que sacrificasse o seu filho em homenagem a ele. Conforme
a história, Alá teria visto o que se passava no coração de Abraão e por isso
lhe foi permitido que uma ovelha fosse sacrificada no lugar de seu filho.
Baseando-se nessa lenda, os muçulmanos afirmam “obedecer as ordens de Alá”,
sacrificando animais no prestigiado evento, que acontece anualmente e tem a
duração de quatro dias.
Como reportagem do The Nation, do
Paquistão, hoje em dia é mais comum se ver no país animais sendo maltratados
nas ruas do que sendo amados e respeitados. E baseando-se nesse contexto, o
jornal publicou um artigo chamado “For the love of sacrificial animals” (“Pelo
amor dos animais sacrificiais”).
O texto relata o modo como as
crianças participam desses rituais, contando que é muito frequente haver
crianças cometendo crueldades como andar nas costas de cabras, provocá-las com
paus, atirar pedras nelas e arrastá-las à força. Todas essas atividades são
comumente executadas por crianças que criam os animais “de sacrifícios” como
animais domésticos, e mesmo assim os maltratam.
Adolescentes são vistos assediando um
animal ao puxá-lo pelo chifre, o que configura um ato abusivo para com qualquer
animal.
Muitas crianças de idades entre 10 e
12 anos são encorajadas a segurar facas para atuarem como açougueiros amadores
no momento de cortar o pescoço do animal, que é o momento mais doloroso para o
animal. Algumas crianças também são vistas causando sofrimento ao animal que
será sacrificado, ao não lhe prover comida ou provocando-o ao arrancar o
alimento de sua boca.
Conforme a reportagem, faz parte da
cultura do país incentivar as crianças a puxar esses inocentes animais por
apertadas cordas amarradas em seus pescoços, arrastando-os pelas ruas em um
comportamento desumano. É ensinado às crianças que, se elas querem “brincar”
com os animais “sacrificiais”, elas têm que tratá-los “com cuidado” – o que,
via de regra, não corresponde ao que acontece.
Ainda segundo o veículo, a crueldade
para com os animais destinados ao sacrifício é tão comum em toda parte que
ninguém nota, apesar de ser um claro sintoma de profundos problemas
comportamentais. Tornou-se muito comum as crianças abusarem dos animais, como
se não bastasse a injustiça e a dor que os mesmos vão sofrer ao perderem as
suas vidas em nome de fúteis e descabidos caprichos religiosos.
Assine as petições da Care2
e do Thepetitionsite
pelo fim desse festival cruel.
Nota da Redação: Sem querer
isentar as crianças e adolescentes das responsabilidades e do arbítrio que lhes
cabem nesses atos cruéis, pode-se dizer que elas não cometem nada além do que
aprendem ao observar a cultura na qual são criadas. Explorar animais para
transporte e consumo, e matar animais de forma tão cruel sob o pretexto de
tradição religiosa, são práticas que só tendem a levar ao exercício da
crueldade desde cedo.
Fonte: anda.jor.br ( fotos: Care2)
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