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segunda-feira, 15 de maio de 2017

Cãozinho passa nove anos ao lado do túmulo do tutor

Por Mauricio Galvão

Pedro Vera um homem pacato que vivia de forma discreta, era operário de uma fabrica e veio a falecer de um acidente no trabalho. Ele tinha como único companheiro de vida o Zenon um peludinho vira lata; esse da foto. Zenon participou de todo o ritual de sepultamento e ao fim não se afastou da sepultura de seu amigo.
Os funcionários do cemitério o colocaram para fora do portão o afastando de lá, mas ele sempre retornava para onde havia sido enterrado o seu amigo. Depois de muito insistir, finalmente ele conseguiu viver, alias sobreviver no cemitério.
Quando com fome Zenon era flagrado comendo velas e tomando água das sepulturas, já que a principio os funcionários não o alimentavam, com a intenção de que ele fosse embora.
E apesar de todos os obstáculos que enfrentou Zenon, ele conseguiu viver nove anos no cemitério ao lado do túmulo de seu amigo, tornando-se assim muito conhecido na cidade.
Não mais passou fome, pois todos os visitantes interagiam com ele e o alimentavam diariamente.
Um dia porém dois outros peludos atacaram Zenon, e mesmo sendo socorrido pelos funcionários o cãozinho se feriu. Recebeu cuidados e apresentou melhoras, mas alguns dias após a briga Zenon foi encontrado pelos funcionários sem vida, deitado sobre a sepultura do Sr. Pedro Vera, seu amigo e razão de toda a sua vida.
A comoção foi geral, não sabiam que Zenon era tão querido, tão importante para todos eles.
De forma respeitosa o peludinho foi enterrado ao lado do túmulo de seu amigo.
Ainda hoje, garantem os funcionários, é o tumulo mais visitado de todo o cemitério, e alguns ainda juram que ouvem às vezes Zenon latindo e correndo atrás das corujas, como ele brincava quase todas as noites.

Fonte: anda.jor.br ( foto: facebook ) 

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