Por
Mauricio Galvão
Pedro Vera um homem pacato que vivia
de forma discreta, era operário de uma fabrica e veio a falecer de um acidente
no trabalho. Ele tinha como único companheiro de vida o Zenon um peludinho vira
lata; esse da foto. Zenon participou de todo o ritual de sepultamento e ao fim
não se afastou da sepultura de seu amigo.
Os funcionários do cemitério o
colocaram para fora do portão o afastando de lá, mas ele sempre retornava para
onde havia sido enterrado o seu amigo. Depois de muito insistir, finalmente ele
conseguiu viver, alias sobreviver no cemitério.
Quando com fome Zenon era flagrado
comendo velas e tomando água das sepulturas, já que a principio os funcionários
não o alimentavam, com a intenção de que ele fosse embora.
E apesar de todos os obstáculos que
enfrentou Zenon, ele conseguiu viver nove anos no cemitério ao lado do túmulo
de seu amigo, tornando-se assim muito conhecido na cidade.
Não mais passou fome, pois todos os
visitantes interagiam com ele e o alimentavam diariamente.
Um dia porém dois outros peludos
atacaram Zenon, e mesmo sendo socorrido pelos funcionários o cãozinho se feriu.
Recebeu cuidados e apresentou melhoras, mas alguns dias após a briga Zenon foi
encontrado pelos funcionários sem vida, deitado sobre a sepultura do Sr. Pedro
Vera, seu amigo e razão de toda a sua vida.
A comoção foi geral, não sabiam que
Zenon era tão querido, tão importante para todos eles.
De forma respeitosa o peludinho foi
enterrado ao lado do túmulo de seu amigo.
Ainda hoje, garantem os funcionários,
é o tumulo mais visitado de todo o cemitério, e alguns ainda juram que ouvem às
vezes Zenon latindo e correndo atrás das corujas, como ele brincava quase todas
as noites.
Fonte: anda.jor.br ( foto: facebook )
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