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quarta-feira, 24 de maio de 2017

Cão ‘funcionário do mês’ de posto de combustíveis é ferido com tesoura em Jaú (SP)

Por Janaína Fernandes, ANDA

Um cão mascote de um posto de combustível de Jaú, interior de São Paulo, levou quatro pontos na barriga após ter sido vítima de maus-tratos quando foi agredido com tesouradas no corpo. Nacional tinha um crachá de identificação e título de funcionário do mês no estabelecimento.
Imagens de uma câmera de segurança flagraram o momento em que o cão atravessava a rua em direção a um morador de rua que estava com outro cachorro. Assim que se aproxima do homem, Nacional é atingido com tesouradas. Um dos frentistas presenciou a cena. Para o dono do posto, Marcelo Furlanetto, o suspeito já pretendia machucar o cão há algum tempo: “Os guardas disseram que esse homem já havia passado várias vezes durante a noite e jogava pedras no Nacional. E no sábado ele passou mais cedo, por volta das 7h15 e depois voltou às 9 com outro cachorro só para provocá-lo. Ele fez isso intencionalmente, premeditado”.
Segundo informações da polícia, o suspeito foi detido, prestou depoimento na delegacia e disse que reagiu dessa forma porque o cão teria avançado nele. Ele vai responder em liberdade por crime de maus-tratos a animais. Ainda de acordo com Marcelo, o Nacional foi socorrido pelos frentistas e levado ao veterinário. “Ele é muito querido por todos nós, eu não estava, mas os funcionários o socorreram e levaram para o veterinário que já cuida dele. Graças a Deus não atingiu nenhum órgão.”
Funcionário fiel
Nacional, além de fazer companhia e alegrar o posto, ajuda a manter a segurança do local, segundo a filha do proprietário. “Ele fica com o guarda da noite e, desde que ele está aqui, nunca aconteceu nada. Agora estamos bem mais seguros. Como aqui é aberto, é difícil ter um cachorro, mas ele se acostumou”, disse Beatriz Furlanetto.
Beatriz trabalha com o pai e a mãe no posto, e eles já têm oito cães além do Nacional – a maioria adotados. Assim que o “funcionário do mês” chegou ao posto, eles cuidaram do animal e já pensaram em levá-lo para a chácara da família, mas não imaginaram que ele se acostumaria tanto com o local.
Na opinião dela, o cão pode ter sido vítima de maus-tratos, pois chegou muito arisco ao local. “Não sei se ele já apanhou, porque ele era arisco quando chegou. Ele que tinha medo das pessoas. Mas agora ele se acostumou. Tem clientes que às vezes têm medo, mas depois já passam a mão. Tem um funcionário que leva ele passear e ele é apaixonado. Os funcionários pegaram amor, o Nacional acostumou com a rotina e acabou ficando aqui.”
A jovem diz que muitas pessoas passam na empresa apenas para ver o cão. “Tem gente que nem vai abastecer, só vai vê-lo. Tem cliente que passa sempre. O Nacional distrai a gente, está sempre perto, já é normal ter um animal aqui. Não dá trabalho nenhum. Está atraindo cliente e ajuda os guardas”, brinca.

Fonte: anda.jor.br  (Foto: Marcelo Furlanetto / Arquivo pessoal )

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