Por Janaína Fernandes, ANDA
Um cão mascote
de um posto de combustível de Jaú, interior de São Paulo, levou
quatro pontos na barriga após ter sido vítima de maus-tratos quando foi
agredido com tesouradas no corpo. Nacional tinha um crachá de identificação e
título de funcionário do mês no estabelecimento.
Imagens de uma
câmera de segurança flagraram o momento em que o cão atravessava a rua em
direção a um morador de rua que estava com outro cachorro. Assim que se
aproxima do homem, Nacional é atingido com tesouradas. Um dos frentistas
presenciou a cena. Para o dono do posto, Marcelo Furlanetto, o suspeito já
pretendia machucar o cão há algum tempo: “Os guardas disseram que esse homem já
havia passado várias vezes durante a noite e jogava pedras no Nacional. E no
sábado ele passou mais cedo, por volta das 7h15 e depois voltou às 9 com outro
cachorro só para provocá-lo. Ele fez isso intencionalmente, premeditado”.
Segundo informações
da polícia, o suspeito foi detido, prestou depoimento na delegacia e disse que
reagiu dessa forma porque o cão teria avançado nele. Ele vai responder em
liberdade por crime de maus-tratos a animais. Ainda de acordo com Marcelo, o
Nacional foi socorrido pelos frentistas e levado ao veterinário. “Ele é muito
querido por todos nós, eu não estava, mas os funcionários o socorreram e
levaram para o veterinário que já cuida dele. Graças a Deus não atingiu nenhum
órgão.”
Funcionário fiel
Nacional, além de
fazer companhia e alegrar o posto, ajuda a manter a segurança do local, segundo
a filha do proprietário. “Ele fica com o guarda da noite e, desde que ele está
aqui, nunca aconteceu nada. Agora estamos bem mais seguros. Como aqui é aberto,
é difícil ter um cachorro, mas ele se acostumou”, disse Beatriz Furlanetto.
Beatriz trabalha
com o pai e a mãe no posto, e eles já têm oito cães além do Nacional – a
maioria adotados. Assim que o “funcionário do mês” chegou ao posto, eles
cuidaram do animal e já pensaram em levá-lo para a chácara da família, mas não
imaginaram que ele se acostumaria tanto com o local.
Na opinião dela, o
cão pode ter sido vítima de maus-tratos, pois chegou muito arisco ao local.
“Não sei se ele já apanhou, porque ele era arisco quando chegou. Ele que tinha
medo das pessoas. Mas agora ele se acostumou. Tem clientes que às vezes têm
medo, mas depois já passam a mão. Tem um funcionário que leva ele passear e ele
é apaixonado. Os funcionários pegaram amor, o Nacional acostumou com a rotina e
acabou ficando aqui.”
A jovem diz que
muitas pessoas passam na empresa apenas para ver o cão. “Tem gente que nem vai abastecer,
só vai vê-lo. Tem cliente que passa sempre. O Nacional distrai a gente, está
sempre perto, já é normal ter um animal aqui. Não dá trabalho nenhum. Está
atraindo cliente e ajuda os guardas”, brinca.
Fonte:
anda.jor.br (Foto:
Marcelo Furlanetto / Arquivo pessoal )
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