Um denunciante
divulgou um vídeo terrível que mostra goldens retrievers torturados em um
laboratório de testes no Texas (EUA) e que suportam um grande sofrimento devido
a uma doença muscular.
As imagens
perturbadoras e obtidas por ativistas revelam o estado chocante dos cães da
Universidade Texas A & M, que sofrem de diferentes tipos de distrofia
muscular (MD), incluindo a distrofia muscular de Duchenne (DMD).
As costelas dos
animais famintos, que estão muito debilitados e cuja alimentação é dolorosa ou
difícil, são claramente visíveis. Ativistas descreveram os experimentos como
“indizivelmente cruéis” e fizeram uma petição para acabar com a reprodução de
cães com distrofia muscular.
Os animais são
criados para supostamente encontrar uma cura para a doença, mas os ativistas
ressaltam que, além de cruéis, os testes são ineficazes e não encontraram uma
única solução.
O vídeo( www.anda.jor.br ) perturbador mostra uma
grande quantidade de saliva pendurada na boca de cães cujos músculos da
mandíbula se enfraqueceram. Os cães são vistos caminhando com dificuldade pelos
seus canis pequenos e estéreis para chegar à sua “pasta” – a única coisa que
eles são capazes de comer.
Até mesmo
equilibrar-se e a respirar é doloroso para os animais. A maioria dos filhotes
nascidos no laboratório morrerão antes de completarem um ano de idade devido ao
desgaste que a doença provoca nos músculos.
“É evidente para
nós que esses cães estão sofrendo. Vemos estes cães muito magros que estão
lutando para consumir a papa, eles estão lutando para andar nestas gaiolas de
metal minúsculas e estéreis. Eles não recebem nada que lhes é natural. É
devastador para quem se importa com cães. Os pesquisadores parecem estar cegos
a isso”, disse Alka Chandna, especialista em supervisão de laboratórios da
PETA.
Chanda disse que os
cães começaram a sofrer com apenas algumas semanas de idade. Com seis semanas,
seus membros traseiros foram deslocados para a frente, dificultando a caminhada
e alguns são incapazes de abrir a boca ou as mandíbulas, de acordo com a
organização.
“Os cães
normalmente morrem com um ano, o que é provavelmente uma bênção para eles. É
uma vida de sofrimento absoluto. Eles estão criando a miséria”, completou.
Os ativistas
explicam que não são apenas os animais que sofrem nos experimentos que têm
ocorrido nas últimas décadas e são financiados pelos contribuintes.
“Nosso cientista
fez uma revisão muito aprofundada da literatura para investigar se as
experiências em cães – que foram feitas há mais de 35 anos – realmente
informaram o que estava acontecendo com pacientes humanos. A conclusão foi que
não houve uma única cura sugerida por essas experiências”, ressaltou Chanda.
“Gerações de
humanos estão sofrendo porque estamos desperdiçando nossos dólares em
experimentos que são um fracasso. Há duas vítimas aqui – os cães e os seres
humanos todos estão sofrendo. As únicas pessoas que lucram com isso são as
pessoas que estão fazendo os experimentos”, adicionou.
O vídeo da PETA
também mostra condições semelhantes na Escola Nacional de Veterinária de
Alfort, na França, que também realiza experimentos de distrofia muscular em
cães.
Em um clipe feito
por câmera escondida, um dos funcionários da escola admite que se o público
estava soubesse as condições do local, eles poderiam perder o financiamento.
O Texas A & M
possui a maior colônia de cães criados para desenvolver distrofia muscular. A
Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill, e a Universidade de Missouri,
na Colômbia também torturam muitos cães.
O professor Joe
Kornegay, que esteve em todas as três universidades, disse em 1981 que, em casos
muito raros, os cães podem desenvolver distrofia muscular. Ele começou a
desenvolver os experimentos no início dos anos 1980, que continuam até hoje.
A PETA afirma que
ele até mesmo criou uma maneira cruel de verificar o quanto os músculos dos
cães foram prejudicados pela doença: “Ele repetidamente estica-os com uma
alavanca motorizada para causar lacerações nos músculos”, disse o grupo.
Chanda disse que os
filhotes não são os únicos que foram criados para sofrer. As cadelas
reprodutoras, que carregam o gene, mas não desenvolveram a condição, são
“engravidadas à força uma e outra vez, seus filhotes são arrancados delas e são
mantidas no mesmo recinto estéril durante todas as suas vidas”, afirmou.
Embora as
experiências do Texas A & M sejam legalizadas, a PETA está pedindo
restrições muito mais rigorosas em relação a testes com animais nos Estados
Unidos.
Os ativistas contam
que os laboratórios muitas vezes sabem que estão prestes a receber um inspetor
do Departamento de Agricultura semanas antes da visita – dando-lhes muito tempo
para limpar e melhorar o local antes da averiguação.
“Estamos dizendo
que isso basta. Os contribuintes estão pagando por essas experiências
indizivelmente cruéis, que não conseguiram ajudar os humanos. Estamos pedindo
ao Texas A & M para libertá-los”, declarou Chanda.
Ela contou que as
pessoas ficaram horrorizadas ao saber o que estava acontecendo durante os
experimentos: “As pessoas ficaram indignadas, esses animais são membros da
família. Falei com muitos indivíduos que viram o vídeo e estão com o coração
partido. Não se trata de escolher entre cães e seres humanos, ambos se
beneficiarão com o fim dessas experiências.”
Campanhas
semelhantes feitas pela PETA obtiveram êxito no passado. Uma campanha de 18
meses conseguiu acabar com experimentos de privação feitos em macacos, pelo
Instituto Nacional de Saúde, que ocorreram por 50 anos.
Outra campanha
conseguiu fechar um Laboratório Profissional de Pesquisa na Carolina do Norte
em 2010. O local fazia testes em cães, gatos e coelhos, segundo o Daily Mail.
Fonte: anda.jor.br (
fotos: PETA )
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