Há dois anos, as
missas ganharam um fiel inusitado na paróquia do bairro Santana, em Araçatuba
(SP): um gato. Apesar de ter ganhado o nome de Simão, em referência a um
apóstolo de Cristo, muita gente o chama de ‘gato beato’, já que vai à maioria
das celebrações.
Ele é amado pelos
funcionários do local e pelos fiéis que frequentam às missas. A ligação dele
com o mundo religioso começou no dia em que a auxiliar de limpeza Edna Lúcia
Mariano o encontrou pela primeira vez na paróquia à noite.
Edna conta que o animal
estava magro e com fome. Como não tinha ração, ela lhe deu pão e água. No dia
seguinte, o gatinho voltou. Dessa vez, ela comprou ração, o alimentou e o
batizou de Simão. E assim, há mais de dois anos Edna cuida do gato com ração e
água, em um cantinho reservado só para isso. A ração de Simão é doada e quando
precisa de veterinários algum fiel paga o tratamento.
Edna conta que seis
meses depois de Simão ter chegado à paróquia, ele ficou muito doente e fraco.
Uma fiel da igreja pagou o tratamento do animal. Quando ele se recuperou e teve
alta da clínica, a mesma mulher decidiu levá-lo para casa, mas o gatinho não se
acostumou e voltou à paróquia.
Um dos locais
preferidos do felino é o sofá, onde dorme e sempre recebe carinho. A secretária
Nathalia Taiane da Cruz diz que ele gosta de ficar no sofá por causa do
ventilador. “Quando não está dormindo ele presta atenção em tudo e até
participa das reuniões”, diz. Ela conta que o gatinho tem acesso livre em todos
os cômodos da paróquia.
Na hora da missa, o
gato faz questão de entrar na igreja. Simão tem passagem livre em todos os
cantos e quando não está comendo, passeia pelo corredor ou descansa mais um
pouco no chão mesmo. O que ele gosta de verdade é de cafuné.
O padre Orlando
Maffei diz que o gato fica em todos os espaços. “Ele gosta de ficar nos
casamentos e vir à frente dos noivos, mesmo que muitos chamem, ele segue na
frente dos noivos. A criançada da catequese também faz carinho e gosta muito
dele. Geralmente, as pessoas têm carinho com ele”, diz.
A assistente social
Eliane Antigo afirma que Simão já é da igreja e bem conhecido. “Tanto é que ele
passa pelo meio das pernas de todas as pessoas que ele sabe que gostam de
animal”, conta.
A aposentada Maria
Auxiliadora Santos enfatiza que o felino frequenta todas as missas. “É o fiel
mais assíduo da paróquia Santana, ele frequenta todas as missas, frequenta as
pastorais, se a gente está na sala da pastoral ele vai até lá ou assiste à
missa deitado. A todo o momento ele está circulando.”
O padre acredita
que o gato permanece na igreja porque encontrou amor e acolhida no local. “Ele
encontrou carinho. A comunidade o acolheu e cuida dele”, afirma.
Fonte: G1 ((( foto:
TV TEM )
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