Há 16 anos,
Amarelo, um cão que vive em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do
Sul, alegra o dia a dia dos alunos da escola estadual Dom Hermeto. Durante
todos esses anos, o cão passeia pelos corredores da escola todos os dias.
O diretor, Adair Vicente
da Campo, conta que o cão marca presença em diversas horas do dia na
instituição: “Ele é uma presença frequente todos os dias. Manhã, tarde e noite.
Com o tempo, a gente foi verificando que inclusive no sábado ele se apresentava
na frente do portão esperando que houvesse aula. Acabou que os alunos
simpatizaram com ele, e ele acabou se inserindo no contexto da escola”, contou.
Muitas vezes mais
frequente que até os próprios alunos, Amarelo participa das aulas também, como
conta o professor de geografia, Miguel Fábio da Silva: “Ele tem uma predileção
por algumas salas. Eu não vejo problema nenhum [em dar aula na presença do
animal], até porque ele é bem mais frequente que muitos alunos aqui também”,
brincou. Além de ser um companheiro para os alunos, o cão possui um ótimo
comportamento: “Ele se comporta, não atrapalha nada. Ele se comporta melhor que
muita gente”, comenta a estudante do 7º ano Maria Rita da Costa.
Em 2016, quando
Amarelo precisou fazer um tratamento veterinário, os alunos fizeram questão de
arrecadar dinheiro para ajudar o animal. Hoje em dia, além de ser vacinado, o
cão toma remédio e tem uma coleira de identificação, com dados da escola. De
acordo com Taiele Costa Amaral, aluna do 6º ano, os alunos ficaram apreensivos
quando Amarelo ficou doente: “O Amarelo é muito especial pra nós. Ele é o
mascote, ele é tudo. Quando ele estava mal, a gente ficou muito mal também”,
revelou.
O animal se tornou
o mascote da escola. Em um concurso de talentos da escola, as crianças
desenharam Amarelo, e o vencedor, teve o sua representação pintada no muro da
escola.É mais do que afeto, é aprendizado também. Os professores aproveitam o
carinho dos alunos, para incentivar o respeito aos animais: “A questão do
espírito da solidariedade e também que os animais merecem respeito. A gente tem
conseguindo passar isso para os alunos, e isso é muito bom”, conclui o
professor Miguel.
Por Janaína Fernandes | Redação Anda – Agência de Notícias de
Direitos Animais
Foto: reprodução G 1
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