Mundo Animal: SOBREVIVENTE :Cão adotado por 'Serial killer de animais' é resgatado por ativista no interior de SP

Foto: Arquivo Pessoal

Uma protetora de animais de Itapetininga (SP) resgatou um cachorro que havia sido adotado pelo “serial killer de animais” preso pela polícia neste mês. O animal está em um lar temporário, disponível para adoção.

De acordo com a protetora, que preferiu não se identificar, o homem entrou em contato com ela em fevereiro deste ano demonstrando interesse em adotar um cachorro. Ela acompanhou o processo de adaptação do animal e não viu nenhum problema, mas, depois, notou que ele também agrediu e feriu gravemente o cão.

Conforme a protetora, na terça-feira (17), outra protetora de animais do município entrou em contato com ela para avisar que o suspeito era investigado por maus-tratos aos animais, e que no dia seguinte a Delegada Júlia Nunes Machado pediu para que o animal fosse retirado da casa, pois seria o único que sobreviveu as agressões.

Na quinta-feira (19), a mulher conseguiu pedir para que o suspeito levasse o cachorro para ser castrado em uma clínica na cidade, onde o animal continuou internado até o suspeito ser preso na sexta-feira (20).

Segundo a protetora, o animal está se recuperando da castração, mas está bem e não corre risco de vida. Apelidado de “Caramelo”, ele está sob cuidados de um lar temporário e disponível para adoção.

Relembre o caso

O homem preso suspeito de ser um “serial killer” de animais utilizava as redes sociais para adotar os cães e gatos que seriam vítimas de torturas e agressões. A prisão dele ocorreu na sexta-feira (20), em Itapetininga (SP).

Segundo o Setor de Proteção Animal (Sepa) da Polícia Civil, as investigações apontaram que o suspeito atuava na região da Vila Célia. Ele submetia os animais a atos de extrema crueldade, como espancamentos, envenenamentos e amordaçamentos, que resultavam em mortes dolorosas.

De acordo com a Polícia Civil, o homem além de adotar cães e gatos pela internet o suspeito também capturava animais na região onde morava.

Corpos de animais foram encontrados em diversos locais próximos à residência do suspeito, incluindo a casa vizinha, um estábulo abandonado e o lago de um condomínio no bairro.

Entre os casos mais chocantes, estão o resgate de uma cadela com as patas quebradas, que morreu dias após os maus-tratos, e o de um filhote encontrado amordaçado e com as patas amarradas, no mês de abril. Ambos os casos ocorreram em locais que indicam proximidade direta com o suspeito, segundo o Sepa.

A delegada responsável pelo caso, Júlia Nunes Machado, destacou a gravidade dos atos: “A violência praticada contra os animais foi marcada por requintes de crueldade e representa um risco potencial à segurança pública. Muitos estudos mostram a correlação entre crimes contra animais e atos violentos contra pessoas”.

Fonte: g1

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