Foto: Guga Oliveira
Mais de 3 mil pessoas demonstraram interesse em adotar cães e gatos do padre Egídio, que foram resgatados de uma granja do Padre Egídio, investigado pela Justiça em novembro do ano passado. As informações são do vereador Guga Oliveira, que é o tutor provisório de parte dos animais.
Conforme o vereador, que é conhecido por trabalhos de defesa da causa animal, o interesse para adotar os cães e gatos tem sido alto, porque, segundo ele, “se fossem vira-latas ninguém queria, mas como são de raça o pessoal quer”. Ele também disse que os animais já estão com tutores selecionados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e que, somente caso essas pessoas que foram definidas pelo órgão, não quiserem a guarda dos animais, é que a lista de 3 mil pessoas será acionada para selecionar alguém que vai ficar com os animais.
O processo pelo qual vai acontecer a adoção desses animais, se por ventura algum tutor não quiser continuar com um dos bichos, não foi detalhado pelo vereador, mas ao Jornal da Paraíba ele disse que esse processo vai ser o mais isento possível e que o prazo para as adoções começarem é após 20 ou 30 dias, já que os animais passam por tratamento.
“Os animais estavam doentes, uns já estavam com leximaniose, ou algum outro tipo de doença, então os tutores estão cuidando e eles já têm a guarda povisória desses animais. Depois que os animais estiverem bons, esses tutores tem o direito de ter a tutela definitiva desses animais. Esses animais se encontram na casa deles, sendo bem tratados, para depois a gente poder acompanhar passo a passo”, explicou.
Um vídeo que foi feito na granja do padre Egídio mostra a situação de alguns animais que estavam no local.
Cerca de 30 animais, entre cães e gatos de raça, passam por avaliação veterinária e se encontram bem, após a Justiça da Paraíba encaminhá-los para tutores provisórios seguindo pedido da defesa do Padre Egídio, então tutor dos animais, de que não seria possível realizar os cuidados necessários deles em uma granja localizada no município do Conde, no litoral do estado. O ex-diretor do Hospital Padre Zé é investigado por desviar recursos que podem chegar a R$ 140 milhões.
De acordo com Ítalo Oliveira, que é o coordenador do Bem-Estar Animal da Prefeitura de João Pessoa, os animais “estavam em situação de abandono” quando foram encontrados na granja no dia 7 de dezembro, mas após passarem por avaliação se encontram bem. Veja abaixo a raça dos animais encontrados.
- 13 spitz
- 10 gatos da raça persa
- 4 rottweilers
- 2 goldens
- 1 pastor alemão
O advogado do padre Egídio, Rawlinson Ferraz, explicou que solicitou a doação desses animais ao MPPB após o padre não ter mais condições de arcar com as despesas dos animais, depois das investigações contra ele iniciarem. Além disso, Egídio de Carvalho não teria parentes na região de João Pessoa para assumir a tutoria no lugar dele.
De acordo com o advogado, após a prisão do padre no dia 17 de novembro, os animais continuaram sendo acompanhados por um veterinário, que também fornecia a ração para os 30 bichos, mas que não poderá continuar com os cuidados.
A CBN João Pessoa apurou que pelo menos dois animais morreram na granja, o que também teria motivado a ação do Gaeco. O advogado confirmou a morte dos animais, mas afirmou que eram filhotes e que morreram por causas naturais.
Fonte: Jornal da Paraíba
Nota do Olhar Animal: Boa parte dessa movimentação de pessoas buscando adotar os cães nada tem a ver com solidariedade e sim com a futilidade de querem um cão “de raça”. Claro, que esse animais encontrem bons lares, mas tomara que com famílias que não se importam com a questão “da raça”.
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