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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Introduzidos no Brasil pelos seres humanos, javaporcos são perseguidos e mortos em Sorocaba (SP)

 


Foto: Divulgação

A presença de javaporcos têm aumentado na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS). A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) relatou avistamentos da espécie na zona rural de 16 municípios. Tal número é considerado pelo órgão vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (SAA) alto, principalmente se comparado com o último levantamento, realizado em 2021.

O javaporco é descendente de uma espécie de porco europeu, o javali. Seu primeiro registro na América do Sul ocorreu por volta de 1904, na Argentina. Entre as décadas de 60 e 80, eles começaram a escapar das fazenda e acabaram chegando ao Brasil. Ao se espalhar, encontraram porcos domésticos e se acasalaram. A partir disso, nasceram os descendentes, que continuam vagando e se reproduzindo.

O aparecimento de javaporcos na RMS pode ter relação com as características da agricultura e da pecuária praticadas na região. Eles têm alimentação variada, mas, sobretudo, consomem grãos,  principalmente milho, e cana-de-açúcar. Como tudo isso pode ser encontrado na RMS, os agricultores e pecuaristas têm relatado prejuízos por conta de ataques constantes desses animais.

Um dos municípios que tem notado esses danos é Capão Bonito. A lavoura local tem relevância na produção de batatas, cebola, feijão, mandioca, melancia, milho, soja, tomate e trigo, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na tentativa de diminuir os problemas, o município estuda, desde o ano passado, um projeto piloto junto à Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) de Itapetininga que, a depender dos resultados, pode se tornar um programa permanente. Detalhes da proposta não foram informados à imprensa.

A perseguução e morte dos animais está sendo estimulada. De acordo com veterinário João Carlos Pimentel, da Assessoria Técnica de Gabinete da SAA, a utilização de telas e cercas elétricas também são indicadas, mas podem ser caras e inviáveis, dependendo do tamanho das áreas. “Uma melhor metodologia de controle é realizar a captura de grupos de javalis, por meio de armadilhas e, então, abatê-los. A eficiência de controle é maior e evitam-se riscos associados à perseguição ou à espera”, explicou.

Cuidados

Além dos problemas que causa aos produtores rurais, a espécie também não é recomendada para consumo humano, pois pode transmitir doenças. Os javaporcos representam uma fonte de preocupação em relação às zoonoses, ou seja, doenças transmitidas entre animais e humanos. Algumas das doenças associadas a eles são brucelose, tuberculose, salmonelose, triquinose e toxoplasmose.

Essas doenças podem ser adquiridas por pessoas que consomem ou manipulam a carne desses animais. Além disso, há, também, a preocupação com doenças que afetam outros animais, como a Peste Suína Clássica, a Peste Suína Africana e a Febre Aftosa, e podem causar prejuízos significativos.

Caça

O controle da espécie por meio da caça e morte dos animais havia sido autorizado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em 2013, de acordo com regras estabelecidas, como autorização e registro atualizado para a prática, emitidas, também, pelo Sistema de Informação de Manejo de Fauna (Simaf). Entretanto, em julho do ano passado, a autorização foi suspensa as autorizações.

No dia 26 de dezembro, o Ibama emitiu um comunicado informando que o Simaf voltou a analisar os pedidos de autorização para o controle de javalis. Segundo o Sistema, a medida temporária e preventiva foi adotada “para alinhar nossos procedimentos às diretrizes estabelecidas pelo Decreto nº 11.615, de 21 de julho de 2023”.

Ainda de acordo com o Simaf, “o Ibama é o órgão ambiental responsável pelas autorizações de controle, ficando a cargo do Exército Brasileiro e da Polícia Federal todas as questões referentes a autorizações para o uso armas, as quais o controlador deve portar durante suas ações. Conforme estipulado pelo Decreto 11.615/2023, tais autorizações agora exigem declaração assinada por detentores de direito de uso das propriedades, indicando a concordância para realização das ações, devendo constar no documento lista de todos os membros da equipe de controladores, tal declaração deve ser assinada via gov.br ou reconhecida em cartório. Os proprietários/detentores podem emitir declaração para mais de uma equipe”, acrescenta o documento.

Fonte: Jornal Cruzeiro

Nota da Redação: o recente anúncio de uma autorização temporária para o massacre de javaporcos na região de Sorocaba é uma medida questionável e preocupante. A caça desses animais, introduzidos no Brasil por ações humanas irresponsáveis, levanta sérias questões éticas e ambientais. Em vez de buscar soluções sustentáveis e éticas para lidar com a presença dessas espécies, a opção pelo assassinato direto revela uma falta de consideração pelo equilíbrio ecológico.

A introdução inicial desses animais foi um erro humano, e agora a resposta não deveria ser um método de controle que envolve a morte em larga escala. Há alternativas mais éticas e eficazes, como o uso de métodos de captura e realocação, promovendo a coexistência harmônica entre a fauna local e as atividades humanas.

Além disso, a morte levanta preocupações sobre a segurança alimentar e a transmissão de doenças, colocando em risco a saúde pública. É crucial que as autoridades considerem abordagens mais abrangentes, envolvendo pesquisas, conscientização e ações coordenadas para abordar os desafios apresentados pelos javaporcos.

A sociedade deve questionar a ética por trás de decisões que optam pela solução mais fácil, mas não necessariamente a mais justa e sustentável. O respeito pela vida animal e o equilíbrio ambiental exigem abordagens mais cuidadosas e responsáveis do que simplesmente autorizar a morte indiscriminado.


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